Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
(...) Mesmo moderando a linguagem, e como aconteceu há 75 anos no caso do colaboracionismo com a Alemanha, fica-nos a sensação que entre os parlamentares socialistas europeus, anda tudo a apanhar bonés na atitude comum a adoptar por eles em relação à crise grega. Ainda muito recentemente, Martin Schultz, o presidente do parlamento europeu e também a cara mais conhecida desse socialismo europeu deixou-se apanhar numa troca de galhardetes com um eurodeputado grego do Syriza com ar de avozinho (acima), de onde só pôde sair mal na fotografia. Mas, para quem pense que a outra esquerda, a comunista (dialéctica), mostrar-se-á mais lúcida na estratégia e nos princípios políticos em discussão, pode desiludir-se acompanhando o comportamento do Partido Comunista Grego (KKE) que num dia convoca uma manifestação contra a austeridade para a frente do Parlamento grego para, no dia seguinte, e lá dentro, votar contra a proposta de realização de um referendo a esse respeito. Isto deixa o caminho aberto para quem, opondo-se ao projecto dito europeu por muito que não gostemos de os ouvir, tem discursos (aparentemente) consistentes a esse respeito – caso da Frente Nacional francesa de Marine Le Pen. O que, por sua vez, torna, finalmente, ainda mais patética a conduta dos descendentes dos parlamentares da esquerda de 10 de Julho de 1940, personalizados na figura de um Manuel Valls que apela ao governo grego para regressar às negociações (abaixo). Numa confrontação em que não sabe muito bem o que há-de fazer, Valls não recolhe autoridade para apelar seja ao que for e faz uma triste figura de si a apanhar bonés por ser socialista mas também a apanhar ainda mais bonés por ser francês.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.