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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
Justin Timberlake
Estrela da Tarde
Lisboa Menina e Moça
Prenda de Natal: Manuel de Oliveira
Cantemos e dancemos, pois.
Yes I understand
That every life must end
As we sit alone
I know someday we must go
Oh, I'm a lucky man
To count on both hands
The ones I love
Some folks just have one
Yeah, others they got none
Stay with me
Let's just breathe
Practiced on our sins
Never gonna let me win
Under everything
Just another human being
Yeah, I don't want to hurt
There's so much in this world
To make me bleed
Stay with me
You're all I see
Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
What if I did and I'm a fool you see
No one knows this more than me
'Cause I come clean
I wonder everyday
As I look upon your face
Everything you gave
And nothing you would take
Nothing you would take
Everything you gave
Did I say that I need you?
Oh, did I say that I want you?
What if I did and I'm a fool you see
No one knows this more than me
'Cause I come clean
Nothing you would take
Everything you gave
Hold me 'til I die
Meet you on the other side
Amália Rodrigues & Alain Oulman
Camané & Mário Laginha
Makaya
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou,
que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado?
Mas chorar não se estima neste estado,
onde suspirar nunca aproveitou;
triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.
De tanto mal a causa é amor puro,
devido a quem de mi tenho ausente
por quem a vida, e bens dela, aventuro.
Yamandu Costa e Ricardo Gallén
Hermínio Bello de Carvalho & Capiba
Zélia Duncan & Nelson Faria
Amigo é feito casa, que se faz aos poucos
e com paciência, pra durar pra sempre.
Mas é preciso ter muito tijolo e terra,
preparar reboco, construir tramelas.
Usar a sapiência de um João-de-barro
que constrói com arte a sua residência.
Ah, que o alicerce seja muito resistente
que às chuvas e aos ventos possa então a proteger.
E há que fincar muito jequitibá
e vigas de jatobá,
e adubar o jardim e plantar muita flor, toiceiras de resedás...
Não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar,
que os cabelos brancos vão surgindo
que nem mato na roceira
que mal dá pra capinar...
E há que ver os pés de manacá cheios de sabiás,
sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis.
Choro de imaginar!
Pra festa da cumieira não faltem os violões!
Muito milho ardendo na fogueira
e quentão farto em gengibre,
aquecendo os corações.
A casa é amizade construída aos poucos
e que a gente quer com beira e tribeira,
com gelosia feita de matéria rara
e altas platibandas, com portão bem largo
que é pra se entrar sorrindo
nas horas incertas,
sem fazer alarde, sem causar transtorno.
Amigo que é amigo, quando quer estar presente
faz-se quase transparente, sem deixar-se perceber.
Amigo é pra ficar. Se chegar, se achegar,
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer...
Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha
e oferece lugar pra dormir e comer.
Amigo que é amigo não puxa tapete,
oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem.
Quando não tem, finge que tem,
faz o que pode. E o seu coração... reparte que nem pão.
Zeca Afonso & Manuel de Oliveira
Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei d'aquém e além-mar
Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar
Tiriririri buririririri, Tiriririri paraburibaie, Tiiiiiiiiiiiiii paraburibaie ...
A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem
Só nesta rusga, não há lugar prós filhos da mãe
Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar
Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem
Só nesta rusga, não há lugar prós filhos da mãe
Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d'embalar a trouxa e zarpar
Jonathan Silva
Se o mundo ficar pesado
Eu vou pedir emprestado
A palavra POESIA
Se o mundo emburrecer
Eu vou rezar pra chover
Palavra SABEDORIA
Se o mundo andar pra trás
Vou escrever num cartaz
A palavra REBELDIA
Se a gente desanimar
Eu vou colher no pomar
A palavra TEIMOSIA
Se acontecer afinal
De entrar em nosso quintal
A palavra tirania
Pegue o tambor e o ganza
Vamos pra rua gritar
A palavra UTOPIA
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