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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Isabel constrói a vida
Com os cubos de brincar
Ensaia a voz colorida
Passarito a chilrear
Isabel aprende o dia
Num tapete de voar
Vai espalhando alegria
Com ternura no olhar
Isabel é dançarina
Equilibra-se a cantar
Estica o corpo de menina
Pés em pontas a bailar
Isabel acorda o mundo
Em tempos de madrugar
Puxa-me a alma do fundo
Com mãozitas de sarar
Isabel abre a janela
Do futuro que inventar
Seja barco vento ou vela
No caminho que criar
Sei de uma sementinha
Que me prende o coração
Como a luz de uma estrelinha
Que apaga a solidão
Sei de uns olhos curiosos
Que me enchem de ternura
Uns dedinhos amorosos
Que eu seguro com brandura
Sei da alma que carrego
Com tanta flor decepada
Onde posso ter sossego
Pel’a sementinha abrigada
Sei de um mundo pequenino
Dia a dia renovado
Um tesouro que o destino
Para mim tem reservado
Não sei se a cor dos teus olhos me fascina
Porque do brilho e da tenra curiosidade
Me respondem as cores sem nome
Desamparadas numa escolha indecisa
Do basalto vulcânico da madeira que conforta
Escuros e risonhos questionam o futuro mundo
Assim te será entregue qual destino impreciso
Camille Allen
Vou tentar uma balada
No embalo da menina
Que a minha voz sussurrada
Tranquilize a pequenina
Vou cantar a melodia
Com que o colo se arredonda
Um carinho que alumia
Qualquer noite que se esconda
Vou calar a voz que canta
No aconchego da ternura
Envolvendo numa manta
Esta vida em miniatura
Que nos teus olhos brilhe
a curiosidade de observar
que na tua voz se sinta
a sabedoria do canto
que as tuas mãos segurem
a força de construir
que a tua alma se dê
na felicidade de amar
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