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If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
O hotel em que ficámos é um pequeno hotel de charme, que resulta de uma casa do séc. XVI totalmente restaurada. Bom ambiente, silenciosa, com pessoas discretas. O quarto muito espaçoso, com tudo o que se precisa, um duche matinal revigorante e um pequeno almoço simples mas muito bem recheado.
Avignon foi a cidade dos Papas durante cerca de 100 anos, entre 1309 (Clemente V) e 1418 (Gregório XI). As divisões políticas e religiosas que levaram, de início, à mudança da residência Papal de Roma para Avignon, culminou depois, de 1378 a 1418 e em plena Guerra dos Cem Anos, na divisão da Igreja Cristã em duas correntes (o grande Cisma), havendo dois Papas simultaneamente: um de Roma e outro de Avignon (o anti-Papa).
Durante o século de residência em Avignon, os Papas transferiram toda a sua riqueza, as suas cortes, cientistas, artistas, arquitectos, enfim, todo o seu poder para lá. Construiram um palácio verdadeiramente opulento e sumptuoso, exactamente à medida de cada um que lhe foi acrescentando áreas, frescos, etc.
É impressionante, logo que nos aproximamos, pois o palácio impõe-se de imediato na paisagem. A visita com audio-guia vale a pena. Vamos passando de sala em sala, com uma alturas de abóbadas espantosas. Impressionou-me sobretudo, uma sala que era praticamente inviolável, onde se depositavam dinheiro e outras preciosidades por baixo do chão! Subimos e descemos escadas, passando por áreas enormes e imaginando o frufru das vestes Papais, que deveriam ser pesadíssimas das jóias que as adornavam.
Fomos ver ainda a Pont d'Avignon, presente no meu imaginário desde a minha infância, por causa da canção Sur le Pont d'Avignon (esta letra só foi fixada no século XIX, numa canção popular muito mais antiga). É uma ponte sobre o rio Ródano, construída de início sobre a ruína de uma ponte romana por um pastor (Bénézet d'Avignon), em 1177.
Sobre ela tem-se uma vista esplendorosa das margens do rio. Lá fui eu para as alturas. Mas desta vez a ponte era suficientemente larga e tinha muros suficientemente altos para que não me assustassem muito.
Esta viagem foi verdadeiramente fit, de tanto que andei, subi e desci e do pouco que comi. Exaustos, ficámo-nos por um Croque Monsieur no hotel onde pernoitámos.
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