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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Depois de umas eleições resultantes da combinação de um golpe de estado judicial e de uma decisão pouco compreensível do nosso Presidente que, durante um ano, andou a ameaçar demitir o governo do PS, suportado numa maioria absoluta (para além de Mário Centeno, António Costa sugeriu 3 nomes do PS para formarem governo - António Vitorino, Carlos César e Augusto Santos Silva), temos uma constelação de instabilidade.
O Chega conseguiu 50 deputados. Não partilho do coro condescendente de quem justifica o voto no Chega com a zanga ou o protesto. Pode protestar-se de muitas formas. Mas quem vota escolhe e, para escolher, tem a obrigação de ouvir e ler. No caso do Chega basta ouvir o que dizem, principalmente André Ventura, mas não só. E o que dizem é assustador.
O PS teve uma derrota eleitoral, grande se olharmos aos resultados de 2022. Mas após o ano horribilis que teve, com tanto disparate, a governar desde 2015, o mais espantoso é não ter tido uma muito maior diferença para a AD.
A AD tem uma tarefa espinhosa pela frente. Ainda mais quando é torpedeada por gente que escreve cartas a pedir a Luís Montenegro que faça o contrário do que prometeu.
Mas o que mais me preocupa são as eleições americanas. Se Trump as ganha a Europa deixará de ter quem a defenda. Nada disso foi discutido.
Estará Portugal preparado para as consequências dessa eventualidade? Com a extrema-direita cada vez mais poderosa em toda a Europa, para além de Trump, estaremos a chegar à beira da generalização da guerra?
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