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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
Foi verdadeiramente hercúleo o esforço que fiz para assistir ao inacreditável espectáculo de ontem, na TVI, em que um paineleiro futebolístico, uma pseudo moderadora de debates e um candidato a Presidente, tentando manter a todo o custo uma postura minimamente educada, ocuparam 30 minutos da mina atenção.
Um vómito é a forma mais rigorosa de descrever o que fui sentindo.
Arruaceiro, mal educado, populista, o inacreditável Ventura falou aos gritos por cima de tudo e de todos, lançando as mais famosas e, infelizmente, populares frases das tertúlias de cafés, viagens de táxis e estádios de futebol, caseiros ou públicos.
E é este um exemplo de candidato presidencial. É este um dos indivíduos que quer chegar ao poder:
Não deveríamos ter que perder tempo com semelhante pessoa mas, infelizmente, ele aí está. Ainda por cima todos os outros deputados o estão a levar ao colo, ao deixarem que use e abuse do seu auto satisfeito estatuto de vítima, quando o impedem de suspender o mandato de deputado para fazer campanha. Por muito que custe ouvi-lo, fazer com que branda o argumento de que o tentam calar é a forma mais rápida de lhe angariar o rótulo das verdades que eles não querem deixar o povo ouvir.
Triste e assustador. Pensávamos que estávamos imunes a este fenómeno, mas não estamos. O PSD e o CDS a caminho da irrelevância e o crescimento do Chega, são um destino que só evitaremos se tivermos grande capacidade de desmentir e desmontar tudo o que diz e representa - o pior que há em cada um de nós e na sociedade que formamos.
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