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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
Resta-me gostar
não sei bem se da vida se das pessoas que contém
não sei bem se de ti se da vida que nos tem.
Resta-me tocar
a noite com a certeza de acordar
nem que seja no outro lado da vida
com que renovo os dias por te amar.
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