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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
1.
Viajamos dentro de nuvens
sem ver o brilho do mundo.
A luz coada veste-nos as emoções
de uma seda enganosa.
A nudez da alma é indispensável
ao espectáculo da vida
que o medo encolhe e banaliza.
2.
Deste Outono que me cobre
a gentileza da chuva
no olhar que não desiste.
Arrumo de noite os punhais
que o flagelo da realidade
torna redundantes.
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