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Justiça

por Sofia Loureiro dos Santos, em 10.04.21

Ao fim de 7 anos de prisão em directo, fugas de informação, escutas e julgamento na praça pública, o Juiz Ivo Rosa destroçou as acusações do Ministério Público, muitas delas já prescritas aquando da acusação. Culpado ou inocente, ninguém merece que isto lhe possa acontecer.

É tudo muito mau, seja qual for o ângulo pelo qual se tente olhar.

Nem José Sócrates e os outros acusados saem ilibados dos crimes de corrupção, nem o Ministério Público sai ilibado de incompetência. Os populismos têm uma época cheia, destilando o ódio aos políticos, aos magistrados, aos juízes, a tudo e a todos.

Ninguém se pode sentir seguro com uma justiça que funciona desta forma. A democracia está mais frágil.

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publicado às 19:44


2 comentários

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De Konigvs a 11.04.2021 às 17:29

Há anos que o digo: a justiça é o pior que temos em Portugal. Não é educação ou a saúde como muitos querem fazer crer, é mesmo o justiça ou a falta dela.
O símbolo da justiça é uma mulher de olhos vendados, mas em Portugal a justiça tem os olhos bem abertos. Se for um ilustre anónimo vai para a cadeia, mas se for uma figura pública mediática, vulgo político, empresário, banqueiro nem pensar. Vamos agora incomodar essas pessoas de "bem"!
Depois é divertido ver como a comunicação social pega nuns casos, e como no caso de Sócrates foi capaz de andar todos os dias com capas nos jornais, mas depois há outros com vários casos em cima, que ainda se dão ao luxo de ser comentadores na televisão, e estou-me a lembrar do irrevogável Moderna Submarinos Portas. Ou do Cristiano, o herói do povo, acusado dos mesmos crimes que o ex-primeiro, fuga ao fisco e branqueamento de capitais, e uma coisita de somenos importância como violação, mas aí ninguém se indigna nem faz nenhuma petição para não jogar mais na seleção portuguesa.
Está na cara que Sócrates não é um menino de coro e está metido em montes de esquemas, mas quem tiver dois dedos de testa percebe que este foi um caso político, uma prisão arbitrária política. Não se mete uma pessoa na cadeia durante um ano violando todos os prazos para investigar. Tal como também não se pode andar tantos anos sem o arguido sequer saber se vai a julgamento ou não. A justiça tem que célere senão deixa de o ser, ainda por cima porque por lei os crimes prescrevem!
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De Anónimo a 14.04.2021 às 01:20

A Lei de Lynch e as fogueiras da Inquisição
O atual processo mediático, em que comentadores, pseudo jornalistas e pseudo moralistas arrastam o bojo pela lama tentando cada qual agradar mais à turba sedenta de sangue, depois de ser durante anos instrumentalizada, faz-me pensar que não gostaria de ver ninguém cair nas mâos daqueles que, em Portugal, verdadeiramente, estão acima da Lei.

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