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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
Fecho a porta nego o vírus
escondo-me com afinco
sabe lá se estou ou não
faço de morta e minto
Penteio-me a preceito
com pente escova e desvelo
palha d’aço esbranquiçada
arremedo de cabelo.
Da sua cor não me lembro
se bordeaux se acastanhado
a última vez que o vi
era louro envergonhado.
Agora tem listas brancas
e amarelas desbotadas
cabelo crespo e singelo
de pontas arrepiadas.
Quando pudermos sair
desta toca de coelho
o melhor é nem olharmos
para o pobre do espelho!
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