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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Confesso que se me eriçam os cabelos quando ouço dizer que um doce é muito bom porque é pouco doce. A minha gulodice não aguenta e toda se revolta perante esta heresia. Doce para ser doce tem que ser doce, ter açúcar, melar os dedos, lambuzar a cara, etc.
Mas como a luta diária pela bela figura, com a menor rotundidade possível, é feroz, experimentei um doce muito bom porque se açúcar.
Natural, dietético, esplendorosamente saudável e doce o suficiente para agradar aos pobres que, como eu, procuram em qualquer alimento um pouco da satisfação redentora das guloseimas.
Experimentei com maçã: cortei várias maçãs, umas 6, aos bocadinhos, com casca e tudo, reguei com o sumo de 2 laranjas bem sumarentas, juntei canela em pó generosamente e tâmaras secas (sem caroço), também aos bocadinhos. Depois de a maçã amolecer ao lume, reduzi tudo a puré com a varinha mágica e deixei mais um bocado a fervilhar.
Foi um instante. Ficou acastanhada e muito saborosa. Com tostas integrais e chá de rooibos, é uma felicidade!
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