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Meço o tempo pelas palavras/ cada vez mais curtas/ cada vez mais escassas/ cada vez mais duras/ instalando-se o silêncio/ nesta doce melodia/ do esquecimento.
A ninguém interessa se morro
se deixo as mãos pousadas e os olhos fechados
se deixo as flores no canto da floresta
e os caminhos lisos e rasos com a erva verde quieta
se deixo o sol arrefecer o corpo e a água inchar no lago
sem as ondas da minha existência.
A ninguém interessa que os dias desaprendam o meu nome
pendurado devagar no galho da oliveira
e a mansidão da madrugada não seja por mim respirada.
A ninguém interessa que a desertificação
dos ventos e das areias que o tempo espalha
surja no espaço de uma outra vida que desponte.
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