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If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
Mais uma vez os jornalistas e os jornais prestaram um péssimo serviço à sua própria credibilidade. No fim de semana passado o Expresso e o Observador, em grandes manchetes, asseguravam a iminência da recondução de Joana Marques Vidal. E fazendo as vezes de papagaios acéfalos, vários outros jornais e televisões o repetiram.
Depois do duche gelado que foi a publicação da nota da Presidência da República sobre a escolha de Lucília Gago para o cargo, nem o Expresso nem o Observador, nem qualquer dos outros que fez eco das fake news, teve a decência de admitir o engano e explicar porquê. Honra seja feita ao DN que não se deixou levar na enxurrada. Grande editorial, o de Ferreira Fernandes.
Passos Coelho rompeu o silêncio para destilar azedume e insinuações sobre o Primeiro-ministro e o Presidente da República. A palavra decência que tanto usa no texto, não fez ressonância no seu próprio carácter. Rui Ramos adoptou a linguagem revolucionária da direita mais radical, lamentando-se da noite das facas longas do regime. Não é que me surpreendam, mas custa ver tanta falta de nexo e de sentido democrático.
Aguardemos os novos factos políticos que estarão a ser fabricados. Veículos informativos e jornalistas instrumentalizáveis, disponíveis para os plantar e promover, infelizmente não faltam, para além de alguns ventríloquos que se mantém na esfera pública.
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