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If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
A cada um a sua peregrinação. Uma das minhas é a visita aos locais emblemáticos da II Guerra Mundial, tentando compreender porque aconteceu, o que se passou, como conseguiu o mundo vencer a ditadura criminosa de Hitler, o que se passou depois. Este ano a ideia era visitarmos os locais do desembarque das forças aliadas na Normandia – operação Overlord.
De Chartres a Caen, com uma chuva miudinha e um céu que não prometia nada de bom, o próprio gps estava em modo disfuncional, pelo que pedimos ajuda a um polícia. Este, depois de nos obrigar a repetir com ele Cãã, e de ele repetir de novo Cãã, e não Caen como nós pronunciávamos, apontou-nos um caminho muito rápido e fácil. Mas não era o correcto.
Dedicámos a tarde à visita ao Memorial de Caen, onde passámos cerca de 2 horas a visitar a exposição permanente, que se inicia com a explicação da ascensão das ditaduras após a I Guerra Mundial, a tomada de poder por Mussolini, Hitler e Estaline, a expansão alemã, as anexações meteóricas pela Alemanha dos países vizinhos, o pacto germano-soviético, as tentativas de paz de Chamberlain e, inexoravelmente, a guerra, após a invasão da Polónia. Todos os aspectos são tocados, também com recurso a filmes e documentários. Muito interessante e muito educativo.
Extraordinário ver fotografias de Caen na altura do desembarque. Ficou completamnete destruída, como muitas outras cidades por toda a Europa. Esta destruição foi essencialmente feita pelos bombardeamentos aéreos dos Aliados, para destruirem tudo o que os Alemães poderiam usar como meios de comunicação. E no entanto, agora nada se percebe. Estes anos que passaram acabaram também por apagar da memória das populações os horrores da guerra.
O jantar foi perto do hotel, num restaurante que se chama Hyppopotamus. E, de facto, acredito que após algumas refeições lá, todos nos transformemos em hipopótamos. Pedimos uma tábua com queijos, presunto, paté, isto só para começar e para partilhar, o que valia quase pelo jantar inteiro. Tudo muito bom, complementado pela simpatia do rapaz que nos atendeu, que repetia hop e hopa com uma frequência alucinante.
Reservámos o dia seguinte a Bayeux e às praias do desembarque na Normandia.
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