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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Paulo Portas fez um discurso de Primeiro-ministro. Calmo, pausado, explicativo, sofrido, assumindo a necessidade de renegociar com a troika e não aceitando a inacreditável taxa de sustentabilidade para os pensionistas. Concorde-se ou não, Paulo Portas fez o discurso que deveria ter sido o de Passos Coelho.
E assim temos um governo de coligação em que o Primeiro-ministro faz uma triste figura num dia e o parceiro de coligação demonstra como se deve posicionar o País, em relação aos seus credores, e como deve ser um político que procura o apoio da população.
Pulo Portas continua a esticar a corda mas ainda não a fez rebentar. Esperará ele que o seu eleitorado se manterá, ou mesmo crescerá, à custa do eleitorado do PSD? Ou perdeu o tempo certo e justo para romper?
António José Seguro não marca a agenda. Nem tão pouco o Presidente. Maria de Belém Roseira tem razão - Paulo Portas é o político com mais poder, mas não sei se tem noção do que fazer com ele.
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