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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Não tenho esperança na actual liderança do PS, nem nas dos outros partidos (PCP e BE). Não há sinais de uma alternativa credível protagonizada pela oposição em contraponto ao que temos. Mas de uma coisa estou cada vez mais convencida - este governo tem de acabar. Para isso terá que ser o CDS a romper a coligação, pois o Presidente já demonstrou que não demitiria o governo. Em democracia há sempre alternativas.
Espero bem que haja pessoas, no meio dos responsáveis partidários, com um mínimo de responsabilidade, que estejam a participar em conversações longe dos holofotes dos media, sem necessidade de cartas e email, telefonemas ou outras vacuidades para enganar o país, que cheguem a um mínimo de consenso em relação aos mais graves problemas que enfrentamos:
É urgente que a sensatez tome conta dos eleitos e dos partidos políticos. Já todos percebemos e comprovámos a falácia e o perigo do governo dos técnicos iluminados. As opções são políticas e têm a ver com aquilo que consideramos ser o contrato que o Estado tem com os seus cidadãos - direitos e deveres, de parte a parte. Não é concebível continuarmos a ter um governo que não defenda os superiores interesses do País. Não é concebível termos um governo que, do alto dos seus conhecimentos técnicos, se é que os tem, se desligue totalmente da realidade e não se saiba adaptar às alterações dos contextos e dos desafios que enfrenta.
Paulo Portas perderá mais uma oportunidade de acabar com esta loucura. Sou totalmente a favor do cumprimento dos mandatos - foi assim com José Sócrates, tem sido assim com Passos Coelho. Não me revejo neste PS que será o partido que poderá liderar uma alternativa. Mas enquanto este governo continuar, todos os dias serão mais difíceis, masi deprimentes e será mais funda a cova onde nos afundamos.
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