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Da indispensabilidade da demissão do governo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 05.05.13

 

Não tenho esperança na actual liderança do PS, nem nas dos outros partidos (PCP e BE). Não há sinais de uma alternativa credível protagonizada pela oposição em contraponto ao que temos. Mas de uma coisa estou cada vez mais convencida - este governo tem de acabar. Para isso terá que ser o CDS a romper a coligação, pois o Presidente já demonstrou que não demitiria o governo. Em democracia há sempre alternativas.

 

Espero bem que haja pessoas, no meio dos responsáveis partidários, com um mínimo de responsabilidade, que estejam a participar em conversações longe dos holofotes dos media, sem necessidade de cartas e email, telefonemas ou outras vacuidades para enganar o país, que cheguem a um mínimo de consenso em relação aos mais graves problemas que enfrentamos:

  1. A política de Portugal em relação à União Europeia e restantes credores.
  2. A política em relação ao combate ao desemprego.
  3. A política em relação às funções do Estado - segurança, defesa, soberania, justiça, educação e saúde.
  4. A política em relação à sustentabilidade do estado social.

É urgente que a sensatez tome conta dos eleitos e dos partidos políticos. Já todos percebemos e comprovámos a falácia e o perigo do governo dos técnicos iluminados. As opções são políticas e têm a ver com aquilo que consideramos ser o contrato que o Estado tem com os seus cidadãos - direitos e deveres, de parte a parte. Não é concebível continuarmos a ter um governo que não defenda os superiores interesses do País. Não é concebível termos um governo que, do alto dos seus conhecimentos técnicos, se é que os tem, se desligue totalmente da realidade e não se saiba adaptar às alterações dos contextos e dos desafios que enfrenta.

 

Paulo Portas perderá mais uma oportunidade de acabar com esta loucura. Sou totalmente a favor do cumprimento dos mandatos - foi assim com José Sócrates, tem sido assim com Passos Coelho. Não me revejo neste PS que será o partido que poderá liderar uma alternativa. Mas enquanto este governo continuar, todos os dias serão mais difíceis, masi deprimentes e será mais funda a cova onde nos afundamos.

 

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publicado às 16:15


3 comentários

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De ACÁCIO LIMA a 05.05.2013 às 19:14

COMENTÁRIO AO POST "INDISPENSABILIDADE DA DEMISSÃO DO GOVERNO"

00- Admito que este post surja depois de ter sido dada publicidade à eventual realização de um “Conselho de Estado”.

01- Um Conselho de Estado opina, mas não vincula o Presidente da República que o convoca.

02- Este “Conselho de Estado” anunciado por um amanuense, para dar um “recado”, configura uma deselegância, uma menorização da ética republicana, e é insultuoso para os Conselheiros de Estado.

Mas tal prática não surpreende em Cavaco Silva, um PR que já patrocinou uma “Inventona”.

Faz parte da incultura democrática de Cavaco Silva.

03- Começa mal este Conselho de Estado.

04- Cavaco Silva, academicamente, poderá visar:

a)- Facultar ao Governo, a Pedro Passos Coelho, um arrimo complementar ao proporcionado pelo discurso na Comemoração do “25 de Abril”; na apologética das políticas seguidas pelo Governo;

b)- Obter do Conselho de Estado, uma “recomendação” para os parceiros da Coligação, Passos Coelho e Paulo Portas, um “tenham juizinho”;

c)- Auscultar o espaço político que ele, PR, Cavaco Silva, tem para reforçar os seus Poderes, promovendo um “Governo de Tecnocratas”, um dito “Governo de Iniciativa Presidencial”;

d)- E, é claro poderia abrir a porta à dissolução do Parlamento, e a novas eleições, antecipadas; Tal hipótese parece-me arredia pois colide com toda a linha política e ideológica seguida e perfilhada por Cavaco Silva;

e)- Poderemos ainda estar perante o “Mexer” de Cavaco Silva, para “Mostrar que está Vivo”!!!!


A intervenção de Paulo Portas pode aclarar este comentário. Voltarei mais tarde.

Boa Fim de Tarde.
Boa Semana.
Só voltarei depois de ouvir José Sócrates.

Saudações Amistosas de Muito Apreço de

ACÁCIO LIMA
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De ACÁCIO LIMA a 05.05.2013 às 20:31

COMENTÁRIO AO POST "INDISPENSABILIDADE DA DEMISSÃO DO GOVERNO"- 2ª PARTE

Antecipo este complemento anunciado.

01- Ouvi a intervenção demagógica de Paulo Portas.

“Tudo Como Dantes Quartel General em Abrantes”.

Portas apareceu munido de uma enorme “bisnaga” de Vaselina,, que Passos Coelho não gosta de comprar na Farmácia!!!

02- As hipóteses de trabalho, académicas, mantém-se de pé, apesar das declarações de Paulo Portas. Persistem umas pequenas “areias” a “estragar” a engrenagem!!!!!

03- Em Democracia há sempre alternativas, sublinha a Autora do post.

04- Mas persiste uma insuficiência política e ideológica nas forças de protesto.
Falta uma Estratégia que equacione o modo de solucionar as consequências das mutações havidas, na última década, no campo económico, técnico, financeiro, social e político.

Com um Partido Socialista, de Seguro, pisando o terreno do conservadorismo e incapaz de perceber que Cavaco Silva é o Chefe da Reação, e extrair disso, as devidas consequências.

Com um PCP e um BLO-CO saudosos de modelos arcaicos e pejados de estalinismo, ressuscitando a III Internacional, fazendo dos Partidos Socialistas o “seu” Inimigo Principal”.

05- Embora o panorama não seja brilhante, a Esquerda, continua a aparecer, lucidamente pontuando as debilidades das propostas de Seguro.

Logo ouvirei o Comentário de José Sócrates, que escapa à mediocridade dos demais pseudo “Comentadores” - ora grifado.

Está no fim este Domingo.
Boa Semana.

Saudações Cordiais de Muito Apreço de

ACÁCIO LIMA
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De Afonso Henriques a 07.05.2013 às 12:49

O CDS-PP está completamente cilindrado em termos de partido político, pois enganou os reformados e todos aquele que neles votaram. Neste momento continua a apoiar o Governo apenas para não perder tachos, mas em termos políticos é um partido em vias de extinção. Por outro lado o PS, que tanto promete e fala e pouco faz em defesa do Povo, está também a atravessar um período de declínio, pois não é estando do lado do Governo e fazendo umas "fitas" que todos os Portugueses já conhecem, que alcançará seja o que for. O PSD, nem se fala, sugiro até que se faça um referendo com as perguntas:
1-"Quer continuar as políticas que estão a ser seguidas, preservando este Governo?"
2-"Concorda com a demissão imediata do PM?"
Podem até dizer que as perguntas são inconstitucionais para serem colocadas num Referendo, mas o Governo também já cometeu centenas de inconstitucionalidades e ficará visível a vontade dos Portugueses, que ninguém parece respeitar, tal como numa Ditadura. Se não têm medo e se o Presidente da República diz que o Governo está legitimado para Governar, então perguntem ao povo, pois em democracia e Povo é quem mais Ordena.
Assine a petição, divulgue-a pelo máximo de contactos. É necessário mudar Portugal.

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N35449

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