Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Não há dúvida de que o presente recebido pelo governo, com a panóplia de entrevistas e opiniões de Artur Baptista da Silva, era difícil de imaginar. Por muito que a substância possa ser razoável, ninguém leva a sério quem gozou com os órgãos de informação nacionais e internacionais, com a ONU e com tantos economistas e comentadores, fazendo fé nas notícias que desmentem os vários cargos, títulos e especializações da personagem.
Ouvimos aquilo que queremos ouvir. Além disso o nosso sentido crítico desliga-se quando alguém se apresenta com as referências de doutoramentos em Universidades estrangeiras, para além da chancela de organizações internacionais sonantes. Devemos todos aprender a lição e olharmo-nos ao espelho. Fica bem ao Expresso e a Nicolau Santos o reconhecimento do erro, mas também a credibilidade do jornalismo de referência foi arrasada.
Ao mesmo tempo é de uma comicidade extrema. O desplante do indivíduo é deslumbrante. Portugal deveria exportar burlões. Bem, na verdade exporta: Vale e Azevedo foi exercer em Inglaterra.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.