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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
A Chanceler Angela Merkel vem a Portugal. Não se sabe bem o que vem cá fazer mas, independentemente disso, é a responsável política de um país democrático da União Europeia, lugar para o qual foi eleita democraticamente, pelo que penso que, como país democrático que pertence à União Europeia, temos todo o gosto em recebê-la.
Precisamente por pertencermos à mesma União e por sermos países democráticos, temos também o direito e o dever de lhe dizer, das mais variadas formas democráticas, em liberdade e segurança, que não concordamos com o rumo da política europeia, de que ela é a principal responsável, que este tipo de austeridade leva ao empobrecimento sem remédio das populações, que estamos a caminhar para o eclodir de revoltas e de regimes totalitários, que estamos a renovar os nacionalismos cegos e a xenofobia, terreno fértil para destruir tudo o que foi construído desde a 2ª metade do séc. XX.
Não podemos, no entanto, enganar-nos a nós proprios, canalizando as frustrações e as reivindicações para um alvo externo. O combate político deve ser, em primeiro lugar, dentro de portas e contra a política deste governo que, soberanamente, tem conduzido uma política desastrada e ruinosa, sem qualquer visão de futuro ou capacidade de gestão de recursos e expectativas.
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