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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Mais uma vez se estão a unir as forças mais conservadoras da sociedade com o populismo e a demagogia de alguns atores políticos, a propósito do anunciado fecho da Maternidade Alfredo da Costa.
Com a redução acentuada da natalidade, como é possível continuar a defender a manutenção de 7 maternidades na área da Grande Lisboa - Maternidade Alfredo da Costa, Hospitais de Santa Maria, São Francisco Xavier, Fernando Fonseca, de Cascais, Beatriz Ângelo e Garcia de Orta? Não será mais importante assegurar que as parturientes e os recém-nascidos tenham equipas suficientes, competentes e com experiência, transportes rápidos e confortáveis, serviços de bem equipados para uma assistência de qualidade?
Aquilo a que se assiste é exactamente ao mesmo a que se assistiu aquando da reorganização das urgências no tempo de Correia de Campos. O facto da Maternidade Alfredo da Costa ter sido o local de nascimento de milhares ou milhões de Lisboetas não pode ser a única razão para a manter aberta. A optimização dos recursos e a defesa de partos em segurança deve ser o objectivo de qualquer política de saúde e de qualquer governo.
O fantasma do desmantelamento do SNS surge de imediato, sempre que se começa a tentar mexer nalguma coisa. O imobilismno e a manutenção do status quo são a pior forma de o defender.
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