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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
O dia correu estranho e sem grande cor. Na cama até ao meio-dia, sem estar doente, mas gasta duma apatia cinzenta, que me vai inundando.
Ouço rádio no computqador, o Bloco Central e o Governo Sombra. Divirto-me moderadamente. A inconcebível ideia de censurar as notícias sobre o país, numa hipotética rádio internacional, uma das maravilhosas sugestões para a revolução dos canais públicos da televisão e da rádio, mostra bem a que nível se chega. Aqueles deslumbrados que tinham todas as soluções para resolver todos os horrores desenvolvidos pelos governos anteriores, vão-se revelando*.
Ontem grande caminhada, Av. Liberdade abaixo, Teatro Dona Maria II, Rossio, Restauradores, Rua dos Fanqueiros, Rua do Ouro, Av. Liberdade acima, chuva e sol, gente, música, gente.
Hoje não apetece lá fora, o carro, a conversa, sonolência vagarosa sem a cafeína do costume. Nada apetece neste fim da semana. Com excepção dos pimentos recheados, verdes, um dietético os outros bem gulosos, com carne picada cozinhada em cebola, alho, tomate, linguiça aos bocadinhos, cogumelos, pimento vermelho, courgette, beringela, alho francês, azeite, um bocadinho de vinho tinto, sal, pimenta, louro e coentros. Depois de atafulhar este preparado dentro dos pimentos verdes, sem sementes, com queijo mozarela ralado em cima, o forno fez o resto, durante cerca de meia hora. Mesmo sem direito à linguiça e ao queijo, não dispenso Châteauneuf-du-Pape.
Caminhamos para a semana com mais Duarte Lima e BPN, robalos e pães de ló. Comezinho e triste. Avizinha-se uma semana de portugueses mal comportados, segundo a Troika. Não farei greve, mas acho as considerações daqueles senhores aviltantes.
Não me sinto com a energia reposta.
*Via Jugular
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