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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
O PS, antes do debate parlamentar do orçamento, depois de conversas entre António José Seguro e Passos Coelho e após reunião das cúpulas do partido, decidiu-se pelo voto abstencionista.
António José Seguro não se quer confundir com a oposição grega, tal como Passos Coelho não se quer confundir com o governo grego. A Grécia serve para todos os gostos e a tudo justifica.
Ninguém percebe exactamente porque é que o líder do PS deixou de falar no IVA da restauração e passou a falar num dos subsídios excluídos pelo governo. Também ninguém entende para que servem os deputados da nação ou mesmo a existência parlamentar.
O PS demitiu-se de ser oposição responsável. Onde está o escrutínio da governação – propostas sobre supressão de transportes públicos, aposta num desenvolvimento económico de terceiro mundo (exploração de minérios), aumento do horário de trabalho sem auscultação/acordo dos trabalhadores, privatizações sem critério, para citar alguns exemplos?
Apesar da negação em coro da geminação com o povo grego, caminhamos a largos passos para a mesma situação. Mas sempre a tentar que Os Mercados, o FMI e a Sra. Merkel nos felicitem pelos evidentes esforços de maior austeridade.
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