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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Falta uma semana para as eleições legislativas que, ao contrário do que desejaríamos, não vão alterar substancialmente a escolha efectuada a 5 de Outubro de 2009, mostrando a irresponsabilidade e a inutilidade deste acto eleitoral, provocado pela coligação negativa entre a direita e a extrema-esquerda.
A uma semana das eleições, o BE e o PCP colocam-se como partidos que foram, são e serão sempre adereços parlamentares, capazes de se unirem entre si e com os partidos da direita para afrontarem o PS, mas incapazes de se entenderem entre si e com o PS numa plataforma mínima que viabilize uma alternativa governativa de esquerda.
A uma semana das eleições o PSD, consegue a proeza de não conseguir ganhar claramente nas intenções de votos. Pela repetição cíclica da irredutibilidade de negociar um governo com o PS, se vencer as eleições o PSD só poderá ter o CDS como aliado. Entretanto vai revelando uma agenda conservadora, retrógrada e inconstante, centrada em Zelig, a sua personagem central.
A uma semana das eleições, o CDS está a um passo de decidir com quem governa. Caso o PS ganhe, apenas poderá contar com o CDS, a não ser que Passos Coelho se demita. Será pois o CDS a decidir se avança coligado com o PS ou, não querendo, e após o Parlamento inviabilizar um governo minoritário do PS, a impor condições a uma coligação CDS/PSD.
A uma semana das eleições, e perante as mudanças que se impõem, desde a educação à justiça, da saúde a trabalho, não é a opção por um estado mínimo e caritativo que poderá manter a coesão social e garantir a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, defendida pelo PSD e pelo CDS, que poderá responder às dificuldades a superar. Os governos do PS, liderados por Sócrates, foram aqueles que mais fizeram para mudar, de facto, alguma coisa, e no sentido que julgo adequado.
A uma semana das eleições, apesar de todos os erros do governo, do PS, de Sócrates, da campanha, etc., penso que a melhor opção para Portugal é ter um govern liderado pelo PS. A 5 de Junho vou votar, e vou votar no PS. Também faço votos para que, caso o PS não vença as eleições, José Sócrates se demita e o PS assuma as responsabilidades que melhor servirem o país - na oposição ou num governo de coligação. Porque isso é o que espero de um partido e de um líder que defendem o país.
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