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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Rui Pedro, 11 anos, desapareceu a 4 de Março de 1998. Não consigo sequer imaginar a dor, a angústia, a vida destes pais e desta família durante todos estes anos, como não consigo imaginar a dor, a angústia e a vida deste miúdo, se é que ele vive.
Durante 13 anos, ciclicamente, ouvimos os pais acusarem a justiça de lentidão, acusarem o país de se ter desinteressado, de não saber, de não querer saber o que se passou. Agora, sem que haja novas provas, o Ministério Público acusou um amigo da família e, pelos vistos, do Rui Pedro, do rapto e sabe-se lá de que mais.
A incredulidade anda de mãos dadas com a revolta. Pobre de quem precisar desta justiça. Que Estado é este, que Direito, que segurança e protecção aos cidadãos é capaz de assegurar?
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