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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Tenho lido em vários blogues o apelo à greve geral acompanhado da expressão sem medo. O recurso à greve é um direito de todos os trabalhadores e esta greve tem sido amplamente divulgada pelos vários órgãos de comunicação social, quase como uma incitação subliminar à adesão.
Pelo contrário, não fazer greve é olhado como uma capitulação às ameaças do grande capital, como uma desistência e uma cedência aos especuladores.
Poucas vezes terá tido a população tantas razões para o descontentamento. Uma crise internacional que, ao contrário do que parecia, fez regressar a austeridade, os cortes salariais, o aumento do desemprego. No entanto, será que a greve geral de amanhã é a melhor forma de mostrar o descontentamento e a desilusão, numa altura de grande aperto orçamental e de grande dívida pública? Além disso, qual o governo alternativo que não tomaria nenhuma destas medidas?
Não farei greve, considero a greve inoportuna e um enorme prejuízo para o país.
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