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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Estou de tal maneira em frontal desacordo com a forma como o Estado Português reage à visita do Papa que me custa expressá-lo.
Este é um país em que há legislação sobre a liberdade religiosa, em que a separação entre a religião e o estado está consagrada na Constituição.
O Papa deveria ser recebido com a pompa e a circunstância de um Chefe de Estado. O facto de ser um líder religioso é importante para os que professam a mesma religião.
Como é possível parar o país durante três dias para receber um líder religioso? Como pode o Presidente da República confundir desta maneira o seu lugar com as suas convicções pessoais? Como pode o chefe de um governo socialista, numa éopca de tantas dificuldades no país, demagogicamente pretender ganhar algum conforto político com esta medida?
Com estes gestos o Estado desrespeita-se si próprio.
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