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If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
Há 36 anos começou um tempo diferente, em que era possível sonhar com a liberdade, outras condições de vida, com a tão simples e difícil vontade de participar.
Hoje olhamos para a democracia e queixamo-nos das suas imperfeições. Das desigualdades, da corrupção, da justiça morosa e injusta, das listas de espera, da falta de médicos, da edução deficiente, do desemprego.
São muitas e graves as falhas de um percurso de 36 anos. Mas a melhor conquista de todas foi a recuperação da liberdade. Para nos queixarmos do que não gostamos, para criticar os jornalistas e os deputados, para abrir a internet, ler os jornais que nos apetece, ouvir a música que queremos. Para apoiarmos os candidatos da nossa predilecção, irmos para a rua com cartazes gritar contra este governo, o capital, os mercados. Ir para a rua e gritar que era melhor quando não havia liberdade.
Durante estes anos podemos orgulhar-nos de ter sistemas de saúde e de educação universais, uma segurança social que apoia os mais velhos e os desempregados. É pouco, mal fiscalizado, com insuficiências, mas antes do 25 de Abril não era.
Este é um dia para comemorar aqueles que há 36 anos arriscaram e acreditaram que era possível fazer diferente e melhor. E é nisso que, agora, eu acredito também.
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