De ACÁCIO LIMA a 29.01.2010 às 12:56
COMENTÁRIO AO POST-IT "PERPLEXIDADES" DE SOFIA LOUREIRO DOS SANTOS
01- A operação “Prever Quantitativamente”, exige a ponderação de um Modelo, complexo, pendente de variáveis, numerosas e de comportamentos caprinhosos, dífíceis de matrizar.
A “Previsão Quantitativa”, centrando-se numa “Variável Sintese”, é necessária e imprescindível, na Gestão, e , claro, na Política, que têm pontos de contacto muito relevantes.
02- A “Previsão Quantitativa” coteja-se com os “Resultados Registados”, apurando-se os “Desvios”, que servem para “Corrigir o Tiro”, re-definindo os iniciais “Objectivos”.
03- Todas as “Previsões” são sempre formuladas num dado “Quadro de Pressupostos”.
04- “Previsões” e “Pressupostos” são indissociáveis.
05- Esta articulação, sendo complexa, é difícil de ser “Comunicada”, e na ligeireza, não é explicitada. Será sempre mais útil referenciar uma “Tendência Previsional”, omitindo a “Previsão Quantitava”, mas guardando-a bem guardada-, e sempre dela se servidindo no Processo de Decisão.
06- No caso vertente, os “Pressupostos” foram-se alterando, nomeadamente os referentese inerentes às perturbações dos mercados mundiais. As Previsões eram sempre de “alto risco”.
07- Teixeira dos Santos não soube, ou não podia resistir, às pressões para “Quantificar” aquilo que só devia ser anunciado como “Tendência Previsível”.
08- Mas, Teixeira dos Santos, acabou por ser um hábil negociador do “Orçamento 2010”, pondo de lado qualquer “entente” com os Maximalistas ( alegristas, bloquistas e gente na orla do PCP), que continuam a pensar que o déficit orçamental é infinitamente elástico, que persistem em estrangular financeiramente o Estado Providência, propondo aumento de despesa pública, e, negando todo e qualquer aumento da receita pública, incluindo, a que inevitávelmente terá de adoptada, a via de alargamento da matéria colectável, tudo diferente do aumento das taxas de imposto unitárias.
Mas a negociação com os Maximalistas estava, à partida inviabilizada, pois eles sempre se recusam a apoiar medidas tendentes a promover o alargamento dos “EXCEDENTES GERADOS PELA ACTIVIDADE ECONÓMICA”, isto é, medidas incentivando a PRODUTIVIDADE e a COMPETITIVIDADE.
Única via para incrementar os EXCEDENTES.
09- É claro, que do meu ponto de vista, e o que muito me preocupa, será não ver explicitadas duas perspectivações essenciais, omitidas ou quase omitidas:
a)- A perspetivação de uma Nova Geração de POLÍTICAS SOCIAIS, num contraponto a uma política de subsídios avulso;
b)- A perspectivação de uma POLíTICA de INVESTIMENTO PÚBLICO, centrada no acréscimo do nível de incorporação tecnológica-( que estava, e bem, a ser seguida pelo 1º GOVERNO Sócrates, do Partido Socialista).
10- O que me preocupou em Teixeira dos Santos, foi ter aceite um elevado acréscimo da despesa pública, no curto e longo prazo, implicita no Acordo para a Educação, por força do acelerar singularmente a progressão na carreira, gerando ainda tensões no global do funcionalismo público e promovendo mais previlégios a quem já era previligiado, numa enorme iniquidade nacional.
Desta forma, Teixeira dos Santos, se não negociou com os Maximalistas o Orçamento, apaparicou, os ditos Maximalistas, que sempre apoiaram os CORPORATIVOS DOCENTES.
Mas persisto em manter o meu apoio crítico ao Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.
Cordiais e Afáveis SAUDAÇÕES DEMOCRÁTiCAS de
ACÁCIO LIMA
NOTA DE RODAPÉ
Informo que só utilizo dois Sistemas Anti-virus e Afins a saber:
- ESET- NOD 32
-WINDOWS DEFENDER
Esta Informação visa alertar o Receptor das minhas mensagens, que, se entender ter superior protecção, terá de o provindenciar.
De aires bustorff a 31.01.2010 às 22:32
Estas coisas são cada vez menos lineares,
quando
as expectativas, reais ou artificialmente geradas, desencadeiam elas mesmos resultados, num sentido ou noutro,
mas normalmente "noutro"...
quando
a especulação e, nela, as classificações discricionarias das agencias de ratings,
movidas por interesses nem sempre mui objectivos, condicionam, promovem ou comprometem, resultados de politicas economicas...
Lembro-me bem
dos movimentos especulativos de Soros contra as principais moedas mundiais no sec. passado, decadas de 80 - 90, creio...
tal como quando os MFinanças, todos eles, desmentiam ate ao segundo anterior, as desvalorizações a que procediam,
instrumento maior das polticas dos países contra as crises ou esses movimentos especulativos
ou de ambos...
Imagine que um Ministro das finanças - hipotese absurda, suponho - dá guarida aos "devaneios" que meios irresponsaveis produzem,
e os media, nem sempre mui responsavelmente ampliam, com resultados muito pouco "patrioticos"...
que resultados macro economicos isso geraria???´
Como penso será objectivo, se apesar de tudo, os resultados economicos são os presentes, e não os derivados dos "pessimismos" conjugado das oposições e Presidencia,
isso decorre da "credibilidade" do governo para inflectir "expectativas" e gerar animo e movimentos positivos na economia...
Enfim, é um prazer estar aqui com esta conversa aberta consigo,
mas acredite que muitas vezes, contra tudo e todos, mesmo até a "realidade advniente se...", há que assumir posições "responsaveis" em dominios que não são "mera locubração politica",
mas responsabilidade sociais efectivas, que dramaticamente a todos "afectariam se"..
Abraço amigo