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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Há algumas coisas que me fascinam. A forma como se baptizam as operações e os casos que estão sob investigação é fantástica: o caso mediático mais recente é o Face Oculta. Não é maravilhoso? Claro que todos já se declararam obviamente inocentes e de consciência tranquila. E claro que agora vamos todos tecer considerações e enveredar pelo jornalismo e comentarismo de investigação para decidirmos na praça pública o que aconteceu. Nem sei para que precisamos de advogados, juízes e tribunais.
Outra coisa fascinante é o sentido de organização, de simetria, direi mesmo de estética de quem, na sombra, arruma todas as armas, munições, dinheiro, cordas, algemas, facas, enfim, tudo o que se encontra nas casas, nos barcos, nos armazéns em que os meliantes são descobertos com armas ilegais, droga ou outras mercadorias. Outro dia foi na casa de um padre. E lá nos deparámos com uma mesa primorosamente arranjada com todas aquelas espingardas e balas, umas para cima outras para baixo, arrumadas por dimensões, em sentido crescente ou decrescente. É fantástico.
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