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Referendo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 25.10.09

 

Não percebo porque é que um grupo de socialistas católicos pretende um referendo sobre o casamento entre homossexuais.

 

Caso este seja legalizado, será o casamento civil. O casamento religioso será sempre conforme os preceitos da religião, neste caso os da Igreja Católica. Ou será que querem referendar a hipótese de haver casamento religioso para homossexuais? Pois, mas para isso não serve um referendo.

 

Os católicos ofendem-se com frequência e tendem a pretender que todos sigam as suas ideias, os seus valores, as suas escolhas.

 

O programa do governo era explícito nessa matéria e essa já foi sufragada. Caso seja legalizado o casamento entre homossexuais, ninguém será obrigado a ser homossexual, ninguém será obrigado a casar. Apenas se abrirá a possibilidade de dois cidadãos do mesmo sexo celebrarem um casamento civil.

 

Um referendo pedido por um grupo de católicos? Não percebo.

 

Nota: também aqui.

 

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publicado às 22:27


1 comentário

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De Izanagi a 27.10.2009 às 10:57

Todos os portugueses, todos não… aqueles que têm alguma memória, ainda que só recente, lembram-se de propostas em programas de governo, que foram sufragadas, mas não foram implementadas, mesmo quando a maioria dos eleitores sufragou essas medidas. Actualmente apenas um terço dos eleitores sufragou a medida. Por aí, tem uma legitimidade muito duvidosa.
Não conheço pessoalmente a Sofia Loureiro dos Santos, mas conheço-a através das suas crónicas enquanto porta-voz não oficial do anterior governo. Não sei se é casada, mas no pressuposto que é, por que motivo quando em alguma situação, oficial ou não, for questionada se é casada e responder sim, ser legítimo pensar: é lésbica. Ou do marido concluir-se, 90% erradamente! que é homossexual.
O substantivo casamento é um conceito que define uma situação muito objectiva e que mais de 80% da população teoricamente pode vir a integrar. Qual a legitimidade para menos de 20% da população criar uma nebulosa num conceito tão transparente, quando, com facilidade se pode criar um conceito que defina, com rigor e sem possibilidade de diferentes interpretações, esse diferente contrato? Sim, o contrato celebrado entre homossexuais não reúne os requisitos que o contrato casamento exige.
O que é legítimo é que os homossexuais exijam a atribuição dos mesmos direitos e obrigações que é atribuída aos heterossexuais quando casam, ou a estes quando vivam em união de facto.
Seguramente que a maioria da população não se oponha a esse desiderato. Mas, aparentemente o objectivo de alguns homossexuais, numa atitude egoísta, não é esse, mas sim a provocação, correndo o risco de prejudicar todos os outros que apenas aspiram a uma igualdade de direitos e obrigações.

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