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As pressões

por Sofia Loureiro dos Santos, em 30.03.09

 

De há uns tempos para cá, mas com maior abundância desde a exibição do famoso vídeo pela TVI, jornais, comentadores e o representante do sindicato dos magistrados do MP dizem que há pressões sobre os investigadores, que há forças poderosas a calarem a exercerem influências, que há interesses a querem arquivar o processo Freeport.

 

Nunca se concretiza de quem são essas pressões e quem são as forças ou os interesses poderosos, deixando no ar que é o governo, José Sócrates, figuras da administração central ou do partido do poder.

 

Há, no entanto, algumas pressões que existem e elas têm nomes. Basta ver este texto de Mário Crespo para perceber que ele já decidiu que José Sócrates é culpado, já determinou que deveria ter sido constituído arguido, ficando todos nós pasmados com a clarividência, os conhecimentos que tem da investigação a correr, o à-vontade que demonstra nos meandros da justiça. A pressão mediática para que se conclua que Sócrates é culpado é insuportável, todos os dias se falando do processo, fazendo com que o caso arda em fogo lento, fazendo crer que são os jornais e as televisões que estão a zelar pela verdade.

 

Portanto, se o processo for arquivado já está decidido porque foi: os corruptos do governo e do PS, orquestrados por Sócrates, em conluio com o Procurador Geral da República e a directora do DCIAP,  Cândida Almeida, com medo que os assassinem ou os deportem para a Madeira, cedem com ignomínia a este novo ditador, que nem sequer tem a genialidade de Salazar, esse sim, um grande líder.

 

Sobram-nos ainda os heróicos lutadores, Manuela Moura Guedes, Mário Crespo e José Manuel Fernandes, para defenderem a liberdade e a justiça, neste país cheio de medo.

 

Na minha santa ingenuidade (cega e abjecta lealdade ao ditador) penso que a quem menos interessa que se arquive o processo é mesmo a José Sócrates, pois enquanto não se provar a sua culpa ou a sua inocência, nunca se livrará desta sombra.
 

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publicado às 22:23


1 comentário

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De weber a 31.03.2009 às 10:46

Cara Sofia,
A luta politíca é de todas as actividades humanas a mais abjecta. Porquê? Porque, em bom rigor, não usa a moral e a ética para se deixar escrutinar: vale tudo! Há badamecos, que afirmam: na guerra, no amor, na politíca...vale tudo!
Para já, em meu modesto entender, não há sequer um "caso", do ponto de vista juridico, Freeport. Todas as PEÇAS que foram sendo colocadas na comunicação social são do dominio da urdidura e visam "ad hominem" o politico José Sócrates, que ocupa a cadeira de primeiro-ministro.
Como só há uma cadeira com aquelas caracteristicas, os conflitos que tal facto provocam são mais que muitos!
Vai uma aposta? Se José Sócrates se demitisse amanhã, depois de amanhã ACABAVA o caso Freeport!
Não acredita?!...
JA
PS-O Crespo, o Fernandes, a Guedes são todos moços de recados de patrões poderosos, que querem correr com o Sócrates de S. Bento.
Olhe, só a história do Crespo dava um folhetim. Trabalhou para os serviços secretos da RSA, ao tempo do Apartheid; foi assessor, ao tempo da guerra colonial, do general Kaúza de Arriaga, em Moçambique;foi correspondente da RTP nos USA e, dizem as más linguas, que terá "cooperado" com a CIA. Desse tempo americano tem correspondência (escrita e arquivada) com as chefias de Lisboa...que só Freud para as descodificar.
E siga a dança em Portugal!
Um outro dia conto-lhe histórias edificantes do Fernandes e da Guedes.
Não resisto a esta: o velho, sábio e muito britânico F.Pessa, que cruzou a Guedes na RTP, dizia dela e disse-lho a ela, e sobre a boca dela (e não estava só a pensar no artefacto anatómico):"A boca do inferno".

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