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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Nos últimos tempos tenho discordado quase a 100% com as posições de Manuel Alegre. Mas hoje partilho da sua indignação quanto ao processo pouco claro e de muito duvidosa inspiração socialista que levou à intervenção do Estado no BPP.
Aliás ninguém ainda conseguiu explicar exactamente a razão da premência do apoio. Todas as justificações que vão sendo dadas, uma a seguir à outra quando a primeira se demonstra ridícula, são estapafúrdias, dando a impressão de desculpas de mau pagador.
As leis do Mercado, aquela entidade sábia e abstracta que vogava e governava as economias, hoje em dia com a reputação pela lama, também se deveriam aplicar, para além das fábricas de sapatos e de têxteis, aos bancos que fazem a gestão das poupanças de alguns quantos pequenos e médios empresários (tal como Francisco Balsemão).
Além de que o risco sistémico e a vergonha nacional por essa Europa fora, resultante da falência de tão importante banco, são desconhecidos da própria Europa, a braços com falências e aflições financeiras bem mais importantes.
Pois é, bem fazia falta algum preconceito esquerdista nesta matéria. Mais espantosa ainda é a troca de papéis de alguns actores políticos. Paulo Portas também estava indignado pelo salvamento do BPP.
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