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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
As alternativas em relação ao transporte individual com o uso de bicicletas é muito interessante, se o andar de bicicleta fizer parte dos hábitos culturais dos povos e das pessoas, o que tem a ver inevitavelmente com a geografia do terreno.
É engraçado compararmos, quando viajamos pela Europa, os locais onde se anda de bicicleta, desde muito pequeno a adulto jovem ou velho, o facto de se utilizarem as bicicletas como transporte e até como veículo de encontros amorosos, com as imagens que temos de filmes que se reportam aos anos de 1940 e 1950, por exemplo nos filmes europeus que retratam a II Grande Guerra ou o pós guerra.
Os locais em que a bicicleta servia como meio de transporte habitual são os mesmos de hoje, talvez um pouco mais alargados nuns sítios e menos noutros, porque o acesso ao automóvel e a consciencialização ecológica se modificaram.
Mas em cidades com grandes desníveis de terreno nunca houve, mesmo quando não existiam carros, uma grande profusão de bicicletas. Talvez em Lisboa, um exemplo flagrante, fosse mais fácil e rentável investir em bons, frequentes e pouco poluentes transportes públicos, como eléctricos de maior velocidade, tróleis e metro.
Verdade seja dita isso dentro da cidade de Lisboa já há uma boa oferta de transportes públicos. O problema está na ligação entre as periferias e as grandes cidades. Aí sim faltam investimentos em alternativas credíveis, confortáveis, fáceis de usar, mais rápidas e mais económicas que os automóveis. E na zona da grande Lisboa, por muitos minutos verdes, consciências ecológicas e estilos de vida saudável não serão as bicicletas a resolver o problema.
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