A vida que as marca
Rituais diários que marcadores biológicos não estudados associaram à mulher.
Rituais diários que gerações culturais de homens dominadores e desdenhosos que sempre associaram as mulheres a seres submissos, manipuladores e diabólicos.
Rituais tão fora de moda que já voltaram à moda.
Rituais de gestos mecânicos, não valorizados, não quantificados, não remunerados que atiram a mulher para as franjas de trabalhos não reconhecidamente pesados.
Rituais que obrigam a mulher a estar presa aos seus próprios medos.
A violência contra as mulheres é quase um não acontecimento.
(foto de Rodrigo Cabrita; Dn - 22/11/2008)