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por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.11.08

A Fenprof manipula e Mário Nogueira não é sério


O líder da Federação de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, abandonou a reunião que hoje mantinha com a ministra. Motivo: a ministra não suspendeu a avaliação como era exigência da Fenprop para continuar a negociar.

Mas a Fenprof e Mário Nogueira querem negociar o quê, se exigem a suspensão da avaliação? Resposta: não querem negociar nada. Querem somente deitar abaixo a ministra porque ela insiste que não desiste da avaliação.

Insiste e muito bem. Eu, como pai de dois alunos, quero que os professores deles sejam avaliados pelos seus pares e pelos pais, se possível. Quero saber se são bons, se são pedagogos, se não faltam, meses a fio com atestados médicos que todos sabemos serem falsos, se não metem sucessivos artigos quartos com uma enorme descontracção e sem nenhum problema de consciência, deixando turmas inteiras sem aulas durante horas, dias, meses.

Em todo o sector privado, a avaliação é uma regra há muitos anos. Aqui, nesta empresa, não só avaliamos os nossos subordinados, como eles nos avaliam e nós avaliamos os nossos superiores, inclusive o director-geral da empresa. Porque carga de água é que os professores, que passam o ano a avaliar milhares de alunos, não podem ser avaliados?

Para descredibilizar o processo, há escolas que transformaram a avaliação em manuais de mais de 30 páginas. E Mário Nogueira, que assinou um acordo com a ministra antes do Verão para prosseguir o processo de avaliação, rompeu-o sem nenhuma justificação credível.

A Fenprof é contra o processo, mas não sugere nada em alternativa. O que quer é uma avaliação de faz de conta, em que os bons e os maus professores são todos avaliados de forma positiva, o que é uma injustiça para os bons e um prémio para os maus. É isto que os professores querem? Não sei. Mas sei que é isto que a Fenprof e Mário Nogueira querem.

A Fenprof e Mário Nogueira não defendem um sistema de ensino melhor. Defendem os maus professores, os calões, os relapsos, os incompetentes. Defendem o pior que existe no ensino, os seus vícios, os seus erros, o descalabro provado através de estatísticas do ensino secundário em Portugal nos últimos 30 anos. É este o resultado das suas posições. E será este o resultado dos próximos 30 anos se a Fenprof e Mário Nogueira conseguirem manter o sistema de ensino sem uma avaliação séria e credível.

A Fenprof e Mário Nogueira são os principais responsáveis da mediocridade do ensino secundário em Portugal.

 

Nicolau Santos - Expresso

 

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publicado às 22:24


16 comentários

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De Dino a 19.11.2008 às 22:34

BASTA SR Doutora a paciência tem limites e V. Exª está constantemente a acusar os Professores, e a Sr como é que tem sido a sua carreira? Fale dela? De que tem medo?
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De Dino a 19.11.2008 às 22:36

Está a fazer um trabalho indecente acusando os Professores disto e daquilo, se continua a abusar garanto que lhe abro um processo por difamação e não estou a brincar CHEGA caramba sempre a malharem no mesmo Não tem vida própria? Bolas
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De Dino a 19.11.2008 às 22:38

Julguei que os Médicos eram pessoas sensíveis e humanas a Sr foge à regra. Já pensou bem no mal que tem sido feitoa milhares de famílias TENHA VERGONHA
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De Dino a 19.11.2008 às 22:40

Olhe comente isto:
In http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php/topic,62915.0.html


A demissão da ministra da Educação é inevitável. Sócrates usou-a para concentrar nela a contestação. Os professores, embalados no canto sindical e na sua própria escolha eleitoral prévia, evitaram atingir o primeiro-ministro. Agora, o trabalho de reforma está feito e a ministra tem de ser despedida para Sócrates, após autoria, confessar... inocência. A ministra será demitida por Sócrates após o acordo possível com os professores e bem antes das eleições europeias.

Aliás, a demissão da ministra não é apenas uma convicção política minha, baseada no interesse eleitoral de Sócrates: é a própria ministra que se expõe, por deslumbramento e incapacidade de consumo diferido, de quem teve origem muito humilde, na compra de um apartamento, conforme referido pelo 24Horas de 3-11-2008, ecoando notícias que circulavam já pelos blogues.

Segundo o 24 Horas de 3-11-2008 (a fonte neste caso), a ministra vive num apartamento da Azinhaga das Carmelitas em Carnide, e na sua idade (52 anos, nasceu em 1956) terá, há pouco tempo, alegadamente comprado um apartamento de cobertura com 160 m2 por 500 mil euros na luxuosa Avenida de Roma em Lisboa, através de uma hipoteca de 883.690 euros que se presumem também para as obras em curso no apartamento ("uma remodelação arquitectónica profunda") a cargo da empresa Tanagra.

Faça o leitor a simulação do encargo e verifique se, sem rendimentos extraordinários, lhe parecem suportáveis as prestações mensais do alegado empréstimo de 883 mil euros (aos 52 anos...) com o salário de ministra (temporário...) ou de professora universitária, mais do companheiro também professor universitário e com idade próxima.

Pode a ministra prever a sua contratação por instituição do sector (por exemplo, um grupo económico, como o GPS), mas não se me afigura razoável no período após a função de ministra.

Não... a hipótese mais provável é a seguinte: Sócrates já explicou à ministra que ela tem de sair, mas ofereceu-lhe um lugar manifestamente elegível na lista do PS ao Parlamento Europeu, o qual lhe garante, pelo menos, cinco anos de receita principesca, com eventual renovação do mandato (e depois pensão) e pode até levar o companheiro para assistente.

Como as eleições para o Parlamento Europeu são em Junho, e entretanto terá de participar na campanha, Maria de Lurdes Rodrigues será demitida de ministra da Educação até Abril de 2009-faltam-lhe 5 meses, no máximo, pois pode sair a qualquer momento... Tem, portanto, a ministra a demissão anunciada.

Logo, é desnecessário bater em cadáveres políticos: Sócrates deve ser o alvo da luta dos professores.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 19.11.2008 às 22:50

Este tipo de comentários só classifica quem os faz. Não me intimida Dino.
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De jrd a 19.11.2008 às 22:55

Já li que o direito à asneira não é exclusivo de Manuela Ferreira Leite e que o Nicolau é sério sobretudo quando põe gravata.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 19.11.2008 às 23:34

O direito à asneira é universal.
Quanto ao Nicolau Santos, com gravata ou laço, escreveu um post que subscrevo.
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De A.Teixeira a 19.11.2008 às 23:48

Ao contrário da Sofia, eu não subscrevo integralmente o texto de Nicolau Santos por causa do último parágrafo. Eu não concordo que a Fenprof e Mário Nogueira sejam os principais responsáveis pela mediocridade do ensino secundário em Portugal.

Em contrapartida, considero-os (ao dirigente, à organização e ao partido que a sustenta) verdadeiros emblemas da cultura de mediocridade e impunidade que parece prevalecer no ensino secundário em Portugal e que eles procuram preservar. Cultura que, nos últimos tempos e a propósito da contestação ao ministério têm tido oportunidades de despontar das formas mais diversas, uma das quais a Sofia tem tido o "privilégio" de albergar na sua caixa de comentários.

Trata-se de um anónimo que, de tanto instado por um outro comentador, parece ter acabado por adaptar um pseudónimo (Dino) e que, depois de várias excursões prévias noutros postes, aqui já se estreou com mais quatro comentários consecutivos (22H34, 22H36, 22H38 e 22H40) de um teor que se equipara ao nível moral daquelas garatujas das portas de casa de banho públicas.

Lendo o que está escrito lá em baixo, e se se tratar mesmo de um professor, até arrepia pensar que ele possa ter responsabilidades na educação de quem quer que seja. Mesmo que possa estar para além das capacidades de compreensão do pseudo-Dino mas, tomando-o por professor genuíno, ele é uma prova escrita da necessidade de uma nova avaliação (que seja consequente) para os professores…
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De Donagata a 20.11.2008 às 01:20

Eu não vou comentar o post. Mas, estou absolutamente siderada com os comentários que aqui li. Posso concordar ou não com o que é dito neste ou naquele blogue e tenho também, se o gestor do blogue mo permite, o direito de o comentar. Agora, muito francamente o que aqui vejo não são comentários. São desabafos de uma pessoa absolutamente despeitada e que, segundo revela aqui, não admite outras opiniões que divirjam das suas.

Sinceramente espero que não se trate de um professor.Eu sou professora e não me sentiria orgulhosa de o ter por colega.
Também não acho que tenham sido salvaguardados aspectos muito importantes que estão a dificultar o processo de avaliação. Também não simpatizo com algumas das medidas que a ministra tem implementado ao longo destes anos, contudo, em relação à avaliação, nós, os professores, devíamos exigi-la o mais rapidamente possível.
Não está tudo bem? Mas quem sugere alternativas melhores? Então? À falta de outros modelos, os ideais(?), não se faz avaliação? Continua tudo na mesma?
Temos de começar por algum lado para ir limando os erros.
Já agora, só como curiosidade, há dias conversava com um cunhado meu, professor também, que tal como a maioria de nós estava indignado!
Percebi, com o decorrer da conversa que não fazia a mais pequena ideia de como está delineado o processo de avaliação!!!! Mas estava indignadíssimo e até foi à manifestação.
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De cb a 20.11.2008 às 14:28

Basta-me ler o título para perceber o que vem no texto. Como não li não comento o teor do mesmo. Apenas venho deixar a minha opinião sobre o que se está a passar: O Sr Nogueira, comunista encartado, faz aquilo que do partido lhe mandam fazer, portanto é um mero zelador dos interesses partidários, utilizando uma estrutura sindical para o efeito. Aliás não é único, limita-se a seguir o exemplo do "chefe" o Sr. Silva da CGTP. Assim e tirando os apaniguados e simpatizantes desta esquerda e doutras, ainda não percebi o que fazem aqueles milhares de idiotas úteis que prefazem os alegados 120.000 manifestantes de há dias. Uma coisa é clara, eles querem progredir na carreira (isto é mais dinheirinho para o bolso) sem estar sujeitos a avaliações de méritos e competências, que de facto são uma chatice. Como na tropa do meu tempo, em que a antiguidade era um posto (não sei se ainda é, mas a crer pelas movimentações últimas não me admira!).
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De alexandre corrupto a 20.11.2008 às 18:49

Cada vez fico mais triste com o nosso país... e com os nossos professores... ainda falam eles em educação e que são os que têm a chave da porta do conhecimento para dar, etc.

Pena é que não usem a chave que têm... mas enfim...

Bom post.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 20.11.2008 às 22:20

É um excelente texto do Nicolau Santos.

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