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Ler é saber

por Sofia Loureiro dos Santos, em 08.11.08

Talvez seja boa ideia as pessoas terem acesso ao Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, que regulamenta a avaliação do desempenho dos Professores, e ao famoso Memorando de Entendimento entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores, firmado em 12 de Abril deste ano.

 

Realço só alguns parágrafos:

 

1.No respeitante à avaliação dos docentes, os procedimentos a adoptar no ano lectivo 2007/2008 serão os seguintes:

(...)

b) Aplicação de um procedimento simplificado nas situações em que seja necessária a atribuição de uma classificação por estar em causa a renovação ou a celebração de um novo contrato, ou ainda a progressão na carreira durante o presente ano escolar;

(...)

d) Os elementos obrigatórios do procedimento simplificado referido na alínea b) são os seguintes: ficha de auto-avaliação e parâmetros relativos a nível de assiduidade e cumprimento do serviço distribuído; participação em acções de formação contínua, quando obrigatória e desde que existisse oferta financiada nos termos legais.

 

Onde estão as reuniões, as burocracias e as papeladas tão faladas por todos os intervenientes que exigem a suspensão de tão horrenda e gravosa avaliação?

 

E, já agora, como se objectiva a unanimidade numa manifestação com 120 mil pessoas?

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publicado às 23:03


17 comentários

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De João Rodrigues Ferreira a 09.11.2008 às 00:53

Antes de preencher a papelada da auto avaliação, o professor tem de preencher papelada a definir objectivos para as turmas que lecciona, que são resxultado de mais papelada que fica em actas de reuniões onde se estabelecem objectivos, comuns à escola, aono9, à turma, à disciplina.
O principal problema é que tudo isto é feito por professores titulares, assistir às aulas dos colegas avaliá-los, e no fim para quê.
Para beneficiar o peofessor que é competente a dar aulas, tirando-lhe as aulas para ir assistir às aulas dos colegas, deixando de leccionar, que é o que sabe fazer melhor, para depois ficar com a responsabilidade de tramar os colegas menos competentes?
Mais te digo minha amigo 120 000 profissionais numa marcha de descontentamento, a meu ver significa mais que uns deputados a mais numa assembeleia que aprova o que lhe aoetece.
Longe de mim quere ferir as tuas convicções, mas o que li é um pouco pesado para um professor que só não esteve na concentração de hoje por esta a recuperar dum esgotamento nernoso-ossos do ofício...
BJS
Até breve!
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De Sofia Loureiro dos Santos a 09.11.2008 às 01:02

Avaliar ou ser avaliado não é tramar nem ser tramado. Quanto a esse sistema de avaliação já é usado em várias empresas, nomeadamente aquela em que trabalho.

As manifestações são um direito que todos temos. O dever do governo é governar e o dos deputados é legislar.
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De Francisco a 09.11.2008 às 09:31

Desculpe, e a sua empresa que serviço presta? As escolas lidam com pessoas. Um sistema de avaliação igual para uma escola parece-me surreal. A educação é comercializável? Estamos a falar de pessoas e não de produtos que se transaccionam .
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De Eduardo a 09.11.2008 às 13:11

hehehehe
to the point
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De A.Teixeira a 11.11.2008 às 11:14

Sai uma viola devidamente ensacada ali para o Francisco!
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De Eduardo a 09.11.2008 às 09:45

Hoje não posso senão discordar. Conhecer o medio de perto faz com que as duas manifestações sejam até pouco para o que deveriam ser. Um pais que faz o que faz aos seus formadores, desde o ordenado aos horários, às humilhações, à desprotecção, ao desprezo de qualquer protesto, chamando a todos "comunistas", para acabar com a cerejinha de fazelos passar por avaliações mutuas entre pessoas que desconhecem a área de conhecimento que ensinam, NUNCA poderá ir para a frente. Continuará provávelmente a ser o pais com maior grau de analfabetismo, e pior, de iliteracia (e aqui os numeros é que assustam) da Europa e da OCDE. Não só não há nenhum reconhecimento do trabalho senão que se passa uma ideia de que os professores são uns preguiçosos e uns malandros que não só não educam às novas gerações propositadamente, senão que querem manter umas regalias (os maravilhosos ordenados, suponho) e não ser avaliados. E tudo pela vontade de disfarçar os tristes numeros da educação em Portugal. Ser avaliado pelos aprovados????
Depois temos pessoal administrativo que não percebe ordens simples, licenciados que não sabem escrever e ministros que tiram macacos do nariz nos semáforos ;).
Como estrangeiro, surprende-me ainda a falta de actividades extracurriculares nas escolas, nomeadamente a falta de prática desportiva, especialmente em áreas de exclusão social. Tenho a sensação de que, há escolas e liceus de primeira e degunda classe, os primeiros em zonas mais chiques, onde há teatro, desporto e bom nível, e depois os destinados às zonas marginais, onde se faz o justinho para que digam que vão a escola. Embora provávelmente, os responsáveis políticos dirão que têm o sistema mais equitativo do mundo. Ésta falta de insight e de vergonha tão habitual en la res pública lusitana, como a que levou a aquel pio ex-primer ministro a dizer que não havia já barracas em Lisboa. Se calhar falava dos arredores de São Bento ou das vistas da casa dele. Porque, enquanto passa-se o que se passa, eles continuam a almoçar nos mesmos sitios, a andar de carro oficial e a comprar no Corte Inglés, desconhecendo o pais real. Ainda me lembro de uma colega "de boas familias" que nunca utilizava o transporte publico, e que dizia que eram deprimentes. E é dessas familias que sai o parlamento (por desgraça, especialmente numa república).
Com éste sistema, as mesmas familias que sobreviviram aos Filipes, a Restauração, a perda do Brasil, a queda da Monarquia, ao Salazar e ao 25 de Abril. continuaram a dirigir os destinos da Nação. Já estou a divagar sobre as causas últimas da situação de desvantagem (ou atraso se preferem) respecto aos restantes condominos europeus, por isso retorno ao assunto inicial. As avaliações DEVEM ser feitas por pessoal qualificado, com conhecimento da área e com criterios adequados, com um sistema elaborado não em cima do joelho, mas sim com ordem e rigor. E sobre tudo, evitando situações absurdas de burocracia e de transformação da realidade por decreto.
Como dizia uma grande professora de Historia que me calhou "todos os acontecimentos que estuda a Historia estão em relação directa com a cultura (o com su ausencia)" e acrescento a frase do magnifico Groucho, "se acha que a cultura é cara, experimente a incultura".
Em fim, não me extendo mais e agradeço o empréstimo deste seu espaço para o meu post-comicio.
Hasta mañana.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 09.11.2008 às 12:08

Eduardo, o teu comentário é longo e vou apenas responder a algumas coisas.

O estado da educação em Portugal não tem a ver com a redução de investimento público nem com a falta de docentes. A má qualidade do ensino resulta, em primeiro lugar, do grande afluxo de pessoas ao sistema, após o 25 de Abril, que antes não tinham acesso à Escola, o que levou a um enorme esforço de ajustamento e adaptação, nomeadamente a nível de recursos humanos. Nessa altura havia carência de professores qualificados e foram integrados nos quadros das Escolas pessoas com formação e sem formação. Qualquer um podia ser professor, com habilitação suficiente ou com habilitação própria, porque todos eram necessários.

Durante todos estes anos não houve nunca nenhum sindicato que pugnasse pela qualidade dos professores que entravam nas escolas, nunca houve uma proposta de carreira docente que distinguisse quem tinha ou não capacidade para ensinar. As remunerações são muito baixas, concordo em absoluto e as condições de trabalho são péssimas, também concordo, mas não é isso que tem sido posto em causa.

Quanto às avaliações serem feitas por pessoas da mesma área, talvez seja melhor leres a lei, porque é o que está lá consagrado.

A Escola Pública deve poder escolher os melhores de entre os melhores pois só assim garante igualdade de oportunidades a todos, venham de que país vierem, venham de que grupo sócio económico vierem.
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De Eduardo a 09.11.2008 às 13:08

Concordo esta vez com as pontualizações , mas a reforma do ensino deve ser feita segundo critérios de excelência . Durante anos tenho visto piorar o sistema educativo dos dois países que conheço melhor, o meu e aquele onde pago impostos. Tenho a suspeita de que não é por acaso. Por vocação, acção ou omissão, a situação se deteriora a passos de gigante.
E, se bem acho que deve ser feita uma avaliação permanente dos professores, alguma coisa deve falhar nesta, quando por duas vezes mais de 100.000 saíram à rua (sobre o numero acho INACEITÁVEL a PSP não dar as cifras...). Em especial me refiro ao facto do fracasso figurar nos itens a avaliar. É contra o espírito de meritocracia que deveria primar numa república, fazendo com que o aprovado seja um facto consumado e deixando de ter interesse o crescimento pessoal. Este sistema de ensino, igual que o existente no meu pais, é manifestamente empobrecedor e é esta confusão permanente sobre a educação, aliada as crises inexplicáveis e a depauperação consumista que sofremos há décadas , leva-nos a uma situação de pobreza e ignorância extremamente perigosa.
Mas não se engane, acho que a avaliação é mandato ria . E deve ser feita com extremo rigor e não cair na habitual formalidade, esquecendo o fundo da questão. Como naqueles exames em que conta o mesmo o relatório que os conhecimentos you know ...). E se houver uma negligencia repetida, até facilitar a punição não só do docente, mas também da escola.
Porém, dá-me a ideia de que as coisas têm-se feito de qualquer maneira, com certa arrogância, não contando com a colaboração do próprio professorado, e sem mudar primeiro os cimentos do prédio, que é a melhora das condições económicas das escolas e laborais dos professores, que por exemplo, até há pouco tempo, tomavam conhecimento do local de trabalho com dois dias de antecedência (até se iam ter trabalho ou não). E (isto desconheço) se se a lei mete aos pais a avaliar aos professores, tendo em conta o tecido social de alguma áreas, a coisa é simplesmente ridícula.
Exigir excelência . assim vai ser sempre complicado.
Obrigado pela sua resposta e pela cessão de espaço.
Atentamente
O guarda-costas nº2
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De maria a 09.11.2008 às 11:08

Só quero fazer uma pergunta a essa senhora que fala na avaliação nas empresas:
Quantas horas do seu tempo de descanso gastou a elaborar os inquéritos, as fichas e os relatórios que são usados no seu processo de avaliação? Pois é... eu sou professora avaliadora. Ainda não avaliei ninguém, ou seja, a verdadeira tarefa ainda não começou e eu já tenho centenas de páginas de pareceres, relatórios, actas, inquéritos, estatísticas , análises, resumos, perfis , currículos escolares, planos de apoio, planos de recuperação, planos curriculares, regimentos, regulamentos, etc. ,.. escritas por mim, e centenas de horas de reuniões, de trabalho feito em casa, nas minhas horas de descanso e nos fins-de- semana, em que nem sequer desligo o computador, porque tenho de estar constantemente a recomeçar o trabalho...e olhe que ainda não falei da leccionação das aulas, da elaboração dos testes e trabalhos, das horas de preparação das aulas, que deve ser, esse sim, o trabalho do professor.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 09.11.2008 às 11:50

"Essa senhora" que fala de avaliação, devo ser eu. Partindo desse princípio vou responder à Maria.

Na minha empresa o processo de avaliação já estava implementado quando lá cheguei. Mesmo assim, já tive oportunidade de discutir com o administrador da minha área as minhas propostas de alteração aos parâmetros usados para avaliação da produtividade. Essas propostas resultaram de muitas horas de trabalho, dentro e fora do serviço, em fins-de-semana e feriados, apoiadas em relatórios e análises de estatísticas e em reuniões com os colaboradores do serviço. Devo mesmo acrescentar que a maior parte dos relatórios e estudos que faço são fora das horas do serviço. Enquanto lá estou, para além do serviço propriamente dito, também tenho reuniões com os meus colegas, técnicos e administrativos, com colegas de outros serviços, com a administração, com outras empresas, participo e organizo acções de formação, executo trabalhos de investigação, etc. Eu e todos os que trabalham na dita empresa.

Eu sou avaliadora, tenho que avaliar todos os anos e não de 2 em 2 anos, e a avaliação consta de: proposta de objectivos a atingir por cada profissional, ficha de auto-avaliação, avaliação do cumprimento dos objectivos enunciados, avaliação de parâmetros comportamentais (atitudes, algo subjectivos, obviamente), reunião com cada pessoa a avaliar, preenchimento de uma ficha de avaliação. Eu sou avaliada da mesma forma pelos meus superiores hierárquicos e o serviço é avaliado em comparação com todos os outros. Há quotas de classificação, ou seja, apenas um pequeno número atinge a maior classificação.

A empresa em que trabalho é um hospital.

Espero que "esta senhora" tenha sido clara.
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De Maria a 09.11.2008 às 13:50

Eu tenho familiares muito próximos a trabalhar em hospitais. Sei muito bem o tempo que eles ocupam em reuniões! Não se pode comparar aquilo que não tem comparação.
PS: Que eu saiba, Senhora é um tratamento respeitoso. Desrespeitoso e preconceituoso é fazerem-se afirmações gravosas e sem o devido conhecimento sobre pessoas que de todo não o merecem. Tenha um bom dia, minha senhora!
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De historiasemuitomais a 09.11.2008 às 12:02

Com certeza não te actualizaste!! O que aqui referes reporta-se ao ano lectivo 2007/08; estamos no ano lectivo 2008/09. E mais não digo. Vai aprender a LER!
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De Sofia Loureiro dos Santos a 09.11.2008 às 12:25

Em primeiro lugar não o (a) conheço de lado nenhum para lhe permitir o coloquial tratamento por tu e muito menos lhe reconheço o direito de me insultar.

Mas tem razão, de facto reportei-me ao ano lectivo anterior. Mais um motivo para que o sistema de avaliação já estivesse estudado e tudo estivesse a passar-se com normalidade. O que só indica que tem havido um autêntico boicote à implementação deste modelo de avaliação, sem apresentação de quaisquer modelos alternativos.
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De ceu a 09.11.2008 às 12:41

Informe-se a FENPROF já tem há algum tempo um modelo de avaliação alternativo que está em discussão no seu site!!!
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De Eduardo a 09.11.2008 às 13:10

Mas anda toda gente louca??????
São esses senhores professores?? Porque então passo já a avaliar.
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De ceu a 09.11.2008 às 12:37

"No respeitante à avaliação dos docentes, os procedimentos a adoptar no ano lectivo 2007/2008 serão os seguintes:..."

Como bem citou, a simplificação do processo de avaliação apenas foi no ano lectivo 2007/2008, ora estamos no ano lectivo seguinte, onde o processo já não é o simplificado!!!!
Não passa pela cabeça da maioria da população o número de horas passadas a analisar legislação,fichas, reformular as mesmas, formular objectivos, reunir para definir critérios...para não falar do resto do trabalho que sempre tivemos e que é próprio das escolas. neste momento sinto-me esgotada fisicamente. Além das 26 horas semanais no meu horário (marcadas!!!e todos os professores da minha escola têm e alguns até 28!!!) e não 22 como a Ministra teima em contar , ainda tenho reuniões de Departamento, Conselhos pedagógico, reuniões de DT, conselhos de turma...tudo em pós-laboral. lecciono 2 níveis de Português ( onde tenho alunos com currículos alternativos...e mais trabalho diferenciado), 1 nível de francês, dou aulas de Estudo acompanhado a 7º e 8º anos e ainda sou responsável pela biblioteca da escola e pela implementação do Plano Nacional de Leitura junto do pré-escolar ( a quem dedico 2x 45 minutos semanais), 1º ciclo e 2º Ciclo do Ensino Básico. O que me resta de vida pessoal neste momento é pouco ou nada. Vivo para a escola e para não prejudicar os meus alunos. Chego a casa após 1/2 hora de viagem e ainda vou para o computador até ás 23h ou 24h. O meu companheiro queixa-se, a minha família queixa-se, os meus amigos queixam-se...desapareci! A Minha sorte(/INFELICIDADE!!!) é não ter ainda filhos!!!! Queria ver como é que teria tempo para ser mãe! Bom, por outro lado sinto que além de professora, sou amiga, psicóloga, assistente social e "entertainer" dos meus alunos!!!!
ser professor em Portugal é tão simples, não é!
E já disse que sonhava já ser professora aos 7 anos e que até há cerca de 5 anos ADORAVA A MINHA PROFISSÃO?!!! agora sinto-me desgastada, cansada, desiludida, mal-tratada e sobretudo desrespeitada!!! DEIXEM_NOS SER PROFESSORES! Nós não somos uma empresa! os alunos não são produtos, são pessoas!!! Não se pode aplicar á escola o que se aplica a uma empresa!!! NUNCA! Abram os olhos: lidamos com seres vivos, cheios de vontade própria e de sonhos e não com matérias, produtos confeccionados por nós! "O pior cego é aquele que não quer ver!"

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