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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
Oradour-sur-Glane era, até 10 de Junho de 1944, uma aldeia a cerca de 25 Km de Limoges.
Nesse dia, e em retaliação pela captura de um militar alemão pela Resistência francesa, os militares alemães massacraram 642 pessoas, a quase totalidade dos habitantes da aldeia, depois de terem separado os homens, que mataram em praças e ruas, das mulheres e crianças, que mataram na igreja, onde as tinham encurralado.
Para além disso, deitaram fogo à igreja e aos corpos, numa tentativa vã de esconderem o massacre.
Essa aldeia, vazia de gente de um dia para o outro, foi deixada a desmronar-se, erguendo-se as suas ruínas à beira da estrada como um terrível e extraordinário memorial do que significa a destruição da guerra.
Não há fotografias, filmes ou pesquisas na internet que substituam a presença num local como este. As casas esventradas, algumas janelas enferrujadas, por vezes utensílios de cozinha, carros amolgados, um silêncio cheio de vozes, gritos e sussurros dos fantasmas do passado.
Deveria ser obrigatória a visita a locais como este, espalhados pelo mundo inteiro, resultado das mais diversas guerras, umas mais antigas outras mais modernas, para que ninguém se esqueça do que é possível acontecer, daquilo que de inimaginável se torna realidade.
Oradour-sur-Glane - lembremo-nos.
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