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Aprender com os erros

por Sofia Loureiro dos Santos, em 12.03.08
Ao contrário do que Vitalino Canas diz, quando se faz um balanço de um período de trabalho, podemos orgulhar-nos e apontar os objectivos atingidos, as vitórias, mas obrigatoriamente devemos reconhecer as derrotas, os erros, o que não foi conseguido, para que se perceba porquê. 
Os erros podem e devem ter uma função pedagógica – evitar que se repitam, corrigir actuações infelizes, reorientar o esforço noutra direcção. 
A esquizofrenia dos avanços e dos recuos existe, mas é o próprio PS um dos grandes responsáveis por este estado psicótico, pois insiste em repetir exaustivamente chavões e palavras descabidas em relação ao governo. Uma das coisas que se pede ao partido do governo é que seja uma ponte entre o executivo e a população que o elegeu. Se, no partido, apenas se ouvem vozes glorificantes, que acham que estudar os erros cometidos, porque foram cometidos erros, obviamente, é uma perca de tempo, não me espanta que os cidadãos que apoiaram e votaram neste PS saiam à rua. 
Mais do que as políticas que têm sido desenvolvidas, melhor ou pior, é a vã glória, este estilo de arrogância bacoca que leva as pessoas a indignar-se, pois tanto pedantismo da parte daqueles que deviam estar atentos, respeitando as críticas e tentando rebatê-las com resultados, não com oratória vazia, são um hino à ira da tal classe média que está farta da crise. 
Gosto que haja firmeza e capacidade de decidir. Ainda bem que um governo democraticamente eleito não tem medo de decidir. O que se dispensa são estes porta-vozes que armam uma parede invisível, em volta dos governantes, que oculta a realidade, na esperança de se manterem encostados ao poder.

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publicado às 20:10


13 comentários

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De josé simões a 12.03.2008 às 22:07

peguei neste post, e numa coisa que li no sabado, e publiquei no meu. achei parecido.

cumprimentos

j simões
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De josé simões a 12.03.2008 às 22:21

adenda:
achei parecido, a essência.
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De jrd a 12.03.2008 às 22:13

Parabéns pela sucesso na mudança.
Concordo com o que escreveu. Apenas um pequeno detalhe: Eu não estaria muito preocupado com a "ira" da classe média, se os 25% de pobres existentes no país estivessem a beneficiar da acção governativa de um partido que se diz socialista, os quais, com ou sem as chamadas crises, não saem buraco a que as politicas dos sucessivos governos os condenaram.
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De Stran a 13.03.2008 às 10:59

Concordo consigo. Julgo que foi esse o erro na educação e noutras politicas. E começa a ser um mal genético, pois parece que na classe politica existe o medo colassal de admitir o erro ou de alterar uma decisão (ou parte de decisão) de forma a melhorar a decisão final.

Julgo que o erro, além do sonho, é uma constante da vida. Julgo que a gestão do erro é importantissimo para se fazer boa politica e boa gestão.

O brilhantismo do Vitalino Canas está em conseguir efectuar um balanço sem um dos lados da questão. Era como uma empresa analisasse a sua actividade só olhando para as receitas!!!
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De mariadosol a 13.03.2008 às 16:03

No essencial concordo consigo.
Mas, também acho que esta forma de actuar dos "políticos" em parte lhes é ditada por uma qualquer famigerada exigência de "SOBRE HUMANIDADE" . Aliás, uma das "coisas" que menos percebo é a forma recorrente como ouço apelar para comportamentos de circunstância, de fachada...que não...que sendo político... não pode parecer... Mais, criticam-se abstractamente "os políticos" por causa dos comportamentos de plástico (são políticos, bahhh ) e quando aparece um que não bate certo com esse estereótipo sucede-se o comentário... ui ...esse não tem hipótese...
Uma coisa é ter postura de estado e comportar-se devidamente, outra é ter de parecer sempre perfeito...até porque, perfeita perfeita...
O Vitalino como todos os que aprendem muito bem o que querem que aprendam e nunca levantam o dedo para duvidar de nada ... lança os foguetes e até apanha as canas...
Eu se tivesse de escolher entre Linos (abrenúncio!) sempre preferiria o que se engana ... eheheh
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De Sofia Loureiro dos Santos a 13.03.2008 às 18:47

Obrigada a todos os comentadores. Quanto à sobre-humanidade, concordo consigo mas não neste caso particular. O que Vitalino Canas disse é exactamente o contrário do que qualquer pessoa com o mínimo de rigor intelectual faria.
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De mariadosol a 13.03.2008 às 19:40

de acordo...tentei reforçar o que diz do VC quando brinquei com os foguetes e as canas...expressão popular ...
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De Sofia Loureiro dos Santos a 13.03.2008 às 20:00

Pois é, Canas e tudo...
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De Kruzes Kanhoto a 14.03.2008 às 23:33

Quando se elege um governo espera-se, entre outras coisas, que tome decisões. Acertadas, de preferência.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 15.03.2008 às 00:09

E que as implemente e que as avalie e que perceba o que fez bem e mal.
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De All Garvio a 15.03.2008 às 22:59

Minha amiga: e que tal uma das famosas grelhas de avaliação dos professores para avaliar a actuação do Governo?
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De All Garvio a 15.03.2008 às 22:59

Minha amiga: e que tal uma das famosas grelhas de avaliação dos professores para avaliar a actuação do Governo?
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De Sofia Loureiro dos Santos a 16.03.2008 às 12:20

All Garvio , não tenho nada contra. Mas posso sugerir outra grelha de avaliações, desde que tenha análise de objectivos atingidos e avaliação de resultados.

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