por Sofia Loureiro dos Santos, em 28.05.06

Todos os esforços para que haja o maior contacto possível entre a pele e o ar, se fosse possível a suspensão no ar. Quente, pesado, peganhento, como uma grande mão suada que nos envolve e sufoca.
Não há diferenças de temperatura entre o ar exterior aos pulmões e o ar que está nos alvéolos, tão preguiçoso que demora a trocar dióxido de carbono por oxigénio. Tudo se mexe devagar, para não fabricar calor.
Fecham-se todas as persianas e abrem-se todas as janelas. Ao lusco fusco, junto a um copo de água e ouvindo cds da Dinah Wasington, espero dolentemente que arrefeça.
(Pintura de Jon Schueler: summer storm)