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A crise que vem de longe

por Sofia Loureiro dos Santos, em 22.02.08
Tanta preocupação com o mal estar da sociedade portuguesa, com a crise larvar da sociedade portuguesa, com a dissociação da sociedade portuguesa, começando a emergir Generais que ouvem intenções de revolta e que não sabem se têm capacidade para aguentar psicologicamente este estado de coisas, e grupos de cidadãos que, à esquerda e à direita, avisam, avisam, avisam que a situação está muito negra e quase a rebentar, já é um bocado repetitiva. Além disso faz-me lembrar as várias pessoas e as inúmeras conversas da mesa de café que asseguram, desde há cerca de 20 anos, a propósito do estado do SNS, que isto pior já não pode ficar, isto já bateu mesmo no fundo.

Estes grupos de cidadãos tiveram e têm responsabilidades políticas e profissionais que, em muitos aspectos, terão ajudado à descredibilização dos políticos e da causa pública e da Justiça, assim como à indiferença generalizada.

Tal como espero que o movimento de esquerda que se está a organizar no PS, sob a batuta de Manuel Alegre, clarifique as suas opções e proponha alternativas às políticas que estão a ser seguidas, esperaria que o documento da SEDES dissesse qualquer coisa de concreto, em vez de frases grandiloquentes com verdades e diagnósticos que todos estamos cansados de conhecer. Mas os últimos parágrafos não são de molde a animar essa minha esperança.

Assim só nos resta continuar a descrer, a mal-estar, a descoesivar, a encrisar e escrever textos sobre… o estado a que isto chegou. O melhor é criarmos movimentos larvares para desminar difusamente a nossa apática sociedade civil.

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publicado às 21:23


13 comentários

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De Sofia Loureiro dos Santos a 27.02.2008 às 22:50

Ricardo S., penso que são as duas coisas: dantes é que era bom e, simultaneamente, quanto pior, melhor.
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De Ricardo S a 27.02.2008 às 12:17

Será a veia de Velhos do Restelo ou apenas a tentativa de repetir uma mentira tantas vezes até que se transforme em verdade?...
Cumprimentos.
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De Manuel Leão a 26.02.2008 às 13:00

Sr. A. Teixeira:

O contraditório cansa, já percebi. O melhor de tudo é ter só um coro a uma só voz. A democracia dá trabalho.

Sócrates também não gosta da crítica, fica irritado. Propaganda, sempre é mais cómodo.

Mas vou dizer-lhe uma coisa: Quando eu escrevi, no meu primeiro comentário, que "o mais cego é aquele que não quer ver", não me referia à sua intervenção anterior. Referia-me, sim, às reacções na comunicação social que tendiam a desvalorizar as reflexões veiculadas pelo documento da Sedes. Esta é que é a verdade.
Por outro lado, eu também não dou excessivo valor aos documentos da Sedes, embora não os deva ignorar. A Sedes, normalmente, não tem a mesma posição que eu tenho relativamente aos problemas do país, longe disso. Mas eu também leio jornais e "blogs" de direita, para me manter informado. Porque ler só o que se gosta de ler, pode ser cómodo mas não é eficaz.

Mas, basta reler os vossos comentários a este "post", para verificar que "discordância" e "oposição" são atitudes que se tornam incómodas.

Quanto ao "meter a viola no saco", reflecte bem a arrogância que V. Exª usa para quem se atreve contrariar o que diz.
Ao invés eu digo: se um dia criar um "blog" gostaria que ele fosse visitado e comentado, principalmente por pessoas que pensassem de maneira diferente da minha. Só assim teria interesse. O debate, alimentado pelo contraditório, é muito mais interessante e importante.

Dito isto, resta-me, como é vosso desejo, “cair fora” deste “blog”. Já vi que não o mereço e ele não merece o meu tempo.
Podereis tranquilamente continuar a trocar amabilidades e elogios recíprocos, em circuito fechado, sem a intromissão de vozes desafinadas.
Termino: Viva o debate de ideias, que é nele que se exerce a verdadeira condição do homem que pensa e se exprime livremente.
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De A.Teixeira a 25.02.2008 às 10:48

Manuel Leão:

Respondo-lhe escrupulosamente às três perguntas que colocou:

“Vejamos se percebi?” – Pelo teor do resto do seu comentário olhe que não percebeu grande coisa.

“Onde está "o desagradável"?” – Está na forma como acusou de cegueira “os que não querem ver”, onde naturalmente me incluía, como autor do comentário precedente. Ser “desagradável” é explicar-lhe isto mesmo, mas acusando de ser obtuso quem não quer ver…

“Com que então a querer examinar?” – Não. Leia outra vez: as perguntas estão feitas no condicional. Não tenho particular interesse nas suas opiniões ou nas suas respostas. Deixe-se de comentários, faça um blogue, que eu far-lhe-ei a atenção de não o visitar.

Mas o substancial do que é importante está nos dois comentários precedentes da Sofia: Leia-os atentamente e enfie “a viola no saco”. E acho que está tudo dito.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 24.02.2008 às 23:42

Quanto à opinião que A. Teixeira tem do documento da SEDES estou plenamente de acordo, com ou sem Henrique Neto. Também, Manuel Alegre é do PS, da ala esquerda, votei nele, respeito-o, mas ultimamente só tem dito idiotices gritantes e singelas.
O documento produzido pela SEDES é uma banalidade igual a tantas outras que os média gostam de promover. Qual a intenção? Fazer oposição política, tornar-se protagonista nas notícias.
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De Sofia Loureiro dos Santos a 24.02.2008 às 23:38

Manuel Leão, eu não preciso de porta-vozes. De facto considero os seus comentários muitas vezes desagradáveis, nem sequer percebendo o alcance da contundência. Há pessoas que pensam que, para se ter um blogue, é preciso escrever agressivamente e insultar.
Como vê, também não gosta do estilo, quando se volta contra si. Pois não foi isso que fez A. Teixeira? Ou preferia que lhe desse palmadinhas nas costas?
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De Manuel Leão a 24.02.2008 às 22:52

Aqui vai o comentário que eu tinha enviado e que se deve ter perdido, certamente, devido a causas técnicas:

Sr. A. Teixeira:

Vejamos se percebi?

V. Exª escreveu: «Cegueira é insistir em colocar comentários entre o discordante e o desagradável num blogue onde a autora, excepcionalmente em relação a todos outros comentadores, não lhe responde…»

Como deve perceber, eu não sei se escreveu isso com o beneplácito da autora do "blog". Mas vou partir do princípio que não.

Onde está "o desagradável"? Não vejo.

Discordante, claro que sim.

Uma das bases da democracia é o contraditório. Eu acho!
A vida ensinou-me a desconfiar sempre das "palmadinhas nas costas".

Eu nunca devo pensar, à partida, que uma pessoa decide construir um "blog", para ouvir só elogios, "palmadinhas nas costas" e obter unanimidades.

Se foi essa a intenção, claro que estou deslocado.

Mas isso terá de ser dito pela autora, porque se eu julgasse que ela necessitava de um "porta-voz" é que a estaria seriamente a ofender, e que seria o equivalente a passar-lhe um atestado de menoridade. Coisa que eu não farei.

Reforço, assim, a convicção de que V. Exª se substituiu à autora, por iniciativa própria.

Quanto aos documentos da Sedes, respondo-lhe que V. Exª não está na posição de me fazer qualquer espécie de exame. Até hoje, para os exames, fui sempre pelo meu pé. Desse e de outros documentos, refiro-me àqueles que eu entender, fixo ou não passagens de cor, sempre segundo o meu critério.

Finalmente - e ao contrário de si - não sei com que intenções a Sedes produziu o citado documento. Mas sei que entre os signatários está um conhecido militante do PS, Henrique Neto, pessoa que eu não estou a ver com vontade de arremessar o que quer que seja contra o PS.

Para mim, escusava-se de se dar ao incómodo de responder no lugar de outra pessoa, com uma petulância que roçou o ridículo.

Com que então a querer examinar?
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De Sofia Loureiro dos Santos a 24.02.2008 às 22:22

Manuel Leão: não tenho qualquer mecanismo de censura prévia aos comentários do blogue, e não apaguei nenhum comentário. Se o tem gravado, volte a publicá-lo.
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De Manuel Leão a 24.02.2008 às 21:54

Eu respondi ao comentário de A. Teixeira há mais de 24 horas.

Espero que me seja permitido defender, relativamente ao teor do mesmo. De qualquer modo, tenho esse comentário gravado e sentir-me-ei livre para o divulgar, caso não seja publicado.
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De jrd a 23.02.2008 às 15:50

A sedes é contumaz nestas tomadas de posição. É um hábito que lhe vem de antes de Abril e do qual nunca resultou, a bem dizer, qualquer efeito substancial.
Se os políticos são a classe em que os portugueses menos confiam, teremos que abrir uma excepção para os “políticos” da Sedes, talvez porque aqueles emitem ou provocam (na minha opinião) preocupantes sinais de fumo, enquanto estes não vão além da fumaça, que não chega para intoxicar, quanto muito provoca algum pigarrear.

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