por Sofia Loureiro dos Santos, em 27.03.06
Espera por mim, meu amor.
Por entre a multidão
saberei a luz dos teus olhos.
Desta longa noite em que te anseio,
da tua mão sem a minha,
dos meus lábios sem a tua língua.
Encontraremos as pedras lisas
do nosso amor,
a terra do nosso chão,
a chuva da nossa primavera.
Espera por mim, meu amor.
Têm filhos, alguns já cá nascidos. Têm cursos superiores que aqui não são reconhecidos. Têm que aprender outra língua para se fazerem entender, para trabalharem, para conseguirem novamente as licenciaturas. Têm que procurar o trabalho onde ele está. Têm que fazer quilómetros dentro de Portugal, em camionetas ou de comboio, porque as portagens são caras.
Trabalham, ousam, arriscam, persistem, não desistem do sonho que os trouxe.
Obrigada por nos terem escolhido. Sejam bem-vindos.