por Sofia Loureiro dos Santos, em 13.02.06
Começo a cultivar o espaço,
de livros, de flores,
de mim.
Nem pássaros, nem rimas,
letras que se posicionam,
como lhes apetece.
A janela vê mais
do que mostra,
de mim.
(pintura de Ndambo)
O mundo está inquieto, ansioso, perigoso. O clima está afectado, a poluição aumenta, os pobres são muitos, cada vez mais, cada vez mais pobres, multiplicam-se doenças potencialmente catastróficas, a fome mantém-se a mais catastrófica. Quando se descrê da vida, passa a crer-se na morte e os moderados tornam-se fanáticos.
O mundo que nós conhecemos, nós, os privilegiados, está à beira do abismo. O resto do mundo continua no abismo, mesmo que o defenda.
Saberá alguém como evitá-lo? Ou transformá-lo?