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Ano Novo - 2025

por Sofia Loureiro dos Santos, em 31.12.24

just ensemble Olivier Messas.jpg

Just ensemble

Olivier Messas

 

Este foi um ano muito difícil, muito doloroso, um ano irreversível, cruel e abrupto.

Mas foi também um ano de carinho, de aconchego, de amizade, de aprendizagem.

A readaptação do corpo a uma nova realidade exterior, cuja impacto interior é desmesurável, obriga-nos a um reequilíbrio e a um reordenar de prioridades na vida.

A todos os que me vão acompanhando desejo que tenham um ano cheio de boas surpresas.

Que seja um ano de grandes e pequenas aventuras, de obstáculos ultrapassáveis.

Que seja um ano de realidade mais simples e fácil.

Que seja um ano tranquilo e sereno.

Que seja um bom ano e um ano bom.

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publicado às 18:46

Victor Mano

Carta da sua filha (Marita Mano)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 25.12.24

Vitor Mano 4.jpg

É com uma enorme dor e um vazio que me despeço da presença física do meu querido pai, Víctor Mano. Mais do que um pai, foste o meu exemplo de vida, a minha força e o meu porto seguro. A tua vida destacou-se não apenas pelas conquistas notáveis, mas sobretudo pelo coração generoso, pela humildade e pela forma como tocaste as vidas de todos à tua volta.

Para além de seres um atleta exemplar e um treinador dedicado, foste um verdadeiro mestre de valores. Ensinaste-me que a verdadeira grandeza não reside nos títulos, mas na forma como vivemos e como ajudamos os outros. Quem teve o privilégio de te conhecer ficou marcado pela tua sabedoria, pela tua bondade e por aquele espírito único que iluminava qualquer espaço onde estivesses.

A tua partida deixa um vazio que não consigo descrever, nem consigo acreditar. Sinto que uma parte de mim morreu contigo. Ainda preciso tanto de ti, do conforto das tuas palavras e da tua força. Mas sei que estarás sempre comigo, a viver em cada memória, em cada lição e em cada valor que transmitiste. O teu nome, Víctor Mano, será sempre uma inspiração, um símbolo de dedicação e humanidade.

Obrigada, pai, por tudo o que foste, por tudo o que nos deste e por tudo o que nos ensinaste. Prometo honrar o teu legado e levar comigo os teus ensinamentos. Descansa em paz, querido pai, sabendo que nunca serás esquecido. Continuarás vivo no coração de todos os que tiveram o privilégio de te conhecer. Amo-te para sempre.

Sport Lisboa e Benfica

Atletismo

CNN Portugal

DN

RR

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publicado às 22:02

À espera do nascituro

por Sofia Loureiro dos Santos, em 24.12.24

navidad_1946_dali.jpg

Salvador Dalí

 

Um ramo de folhas duras

Pedacinhos de luar

A alma feita em costuras

De feridas por sarar

 

Aconchega o olhar

No piso de tanta ausência

Apresta-se a respirar

Um mundo sempre em carência

 

Nesta branda consoada

À espera do nascituro

Tristeza bem arrumada

No fundo do seu futuro

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publicado às 14:07

Manhãs de Inverno

por Sofia Loureiro dos Santos, em 21.12.24

Winter-In-Europe-By-Edward-Hopper.png

Edward Hopper

 

Manhãs de Inverno, claras e frias. O Sol coado pelas persianas, ainda baixas.

Ouço a água a correr de um duche.

Alguma paz e serenidade, neste Natal mais vazio.

Os sons da vida que continua, as cores de um mundo que não parou.

Como se não houvesse nada que ficasse, como se nada fosse perene.

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publicado às 11:12

Cinzas

por Sofia Loureiro dos Santos, em 14.12.24

camille claudel.jpg

Camille Claudel

 
Aproximo a lareira
Pra aquecer meu coração 
Nas cinzas desta fogueira 
Vou soprar a solidão 
 
Rodo as paredes vazias
No branco deste Natal
Os olhos que me acendias
Mil estrelas num castiçal 
 
Regresso à névoa esfumada
De uma memória querida
Tua mão entrelaçada
No fio da minha vida

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publicado às 21:51

Fado de Natal

por Sofia Loureiro dos Santos, em 14.12.24

Mario-Portugal-Fado-meu.jpg

Mário Portugal

 
Natal doce Natal quente
Ano a ano de seguida
Um Natal que se ressente
No arder da despedida
 
Não tenho mãos pra rezar
Ao Jesus que vai nascer
Nem o brilho do altar
Que me possa absolver
 
E o Natal que se aproxima
Vai escrevendo esta canção
Não há dor que nos redima
Nem nos ensine o perdão
 
Não fosse o Natal um fado
Um encontro sem idade
Um poema declamado
Na voz prenha de saudade
 
O Natal sempre resiste 
Aos atropelos da vida
Nesta alma que persiste
Há esperança comovida

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publicado às 12:42

A Grande Reunião

por Sofia Loureiro dos Santos, em 14.12.24

a grande reuniao.jpg

Tenho, por diversas vezes, aplaudido aqui o Teatro Meridional. E vou fazê-lo de novo.

A Grande Reunião, com texto de Mário Botequilha e encenação de Miguel Seabra, é extraordinário, dos melhores espectáculos que já vi.

Um grande texto, sarcástico, verrinoso, cómico, profundo, aproveitando as palavras e referências várias, até de John Lennon, numa crítica certeira e mordaz à nossa sociedade desigual e cruel, com uma beleza e uma elegância incríveis.

Um conjunto de grandes actores, uma atmosfera sonora a condizer e uma cenografia minimalista, é tudo grande.

O Teatro no seu melhor. Parabéns ao Teatro Meridional e a todos os que com ele colaboram e nos dão estes fantásticos momentos, em que nos olhamos ao espelho e por dentro, em que nos espantamos e emocionamos.

Vão ver. Já só têm uma semana.

Sinopse

Estamos à beira do colapso da civilização, tal como foi pensado pelos Pantalones. Eles são os sovinas ultra-ricos da Commedia dell’Arte e controlam as tecnologias, o dinheiro, o cerne das nossas vidas. Os Pantalones dominam toda a informação que circula em todo o mundo entre todas as pessoas e programaram uma tempestade perfeita que faz coincidir a ruína económica, o desastre ambiental e as ditaduras populistas. Mas este desastre é só para os outros: os Pantalones têm tudo pensado para se porem ao fresco assim que a sociedade mergulhar no caos, uma estratégia pantalónica circunscrita a 1% da população mundial. Tudo isto é decidido num encontro muito exclusivo a que apenas os multimilionários e poderosos Pantalones têm acesso. Bem-vindos à Grande Reunião.

 

Ficha Artística

Texto: Mário Botequilha

Encenação e desenho de luz: Miguel Seabra

Interpretação: Carlos Pereira, Catarina Mota, Diana Costa e Silva, Emanuel Arada, Henrique Gomes, José Mateus

Espaço cénico e figurinos: Hugo F. Matos

Música original e espaço sonoro: Rui Rebelo

Assistência de encenação: Nádia Santos

Direção de cena, assistência de cenografia e montagem: Marco Fonseca

Montagem e operação técnica: André Reis

Assistência de produção e comunicação: Rita Mendes e Teresa Serra Nunes

Produção executiva: Susana Monteiro

Direção de produção: Vanessa Alvarez

Direção artística Teatro Meridional: Miguel Seabra e Natália Luiza

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publicado às 10:26

Desenho

por Sofia Loureiro dos Santos, em 07.12.24

van gogh.jpg

Van Gogh

 

Perdida nas palavras que me faltam
no opaco da névoa da tristeza
perdida no silêncio que me envolve
agarro alguns pontos de luz
aqueles com que polvilhaste o meu caminho.
Ainda não conheço o desenho certo
mas hei de lá chegar.

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publicado às 11:57

Só é vencido quem desiste de lutar

Mário Soares (1924 - 2017)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 07.12.24

mario soares.jpg

BNP

Um dos Homens a quem devemos a Democracia e a Liberdade. E que nunca desistiu.

Adenda: Mário Soares não terá sido o autor desta frase e deste lema de vida, mas fê-lo seu. Salgado Zenha, seu grande amigo durante tantos anos, e outro grande lutador pela liberdade (em quem votei nas eleições presidenciais), repetia esta, como outras frases slogans de vida., que sempre seguiu.

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publicado às 09:40


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