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Margarida consolada
Pelo sol da Primavera
Foi da nuvem deserdada
Tanto verde desespera
Margarida veste branco
Rasga a pele devagar
Que a memória é solavanco
Da fogueira a esfriar
Margarida gasta as mãos
Em tantos corpos de vento
Decepadas por irmãos
Sem espadas com talento
Margarida cava o mundo
Com arados de esperança
Arrepende-se num segundo
Que uma flor também se cansa
Margarida já não chora
Pela vida que enlutou
Fecha o sol e vai embora
Que esta terra já secou
Margarida não se sente
Tem a alma ressequida
Dispersou-se em semente
Pode ser que volte à vida
O aumento de novos casos de COVID-19 na Alemanha, França e Itália será devido a algum Natal tardio, à antecipação da Páscoa ou ao Carnaval?
E Portugal, passou de ser uma vergonha europeia (mundial) para um modelo de comportamento cívico?
Depois de tanta pesquisa e procura detectivescas, incessantes visões de almofadas, mantas e travesseiros, em todas as lojas de decoração online, tenho, neste momento, uma cama muitíssimo confortável, com inúmeros almofadões, um rolo e cobertas fantásticas.
Muitíssimo fashion e confortável, a minha cama está fantástica, digna de qualquer MasterChef decorativo.
Não sobra é muito espaço para me deitar. Tenho que espalhar as confortáveis e lindas almofadas por todo o lado.
Não há fome que não dê em fartura.
Portugal e os portugueses são tão avançados, tão à frente e de uma clarividência científica tão especial, que depois de décadas a discutir o novo aeroporto, a sua localização e especificidade, afinal nem vai ser preciso construí-lo porque provavelmente vai deixar de fazer sentido apostar nos transportes aéreos e nos aeroportos.
Isto é que é avanço e previdência!
Nunca aceitei geometrias de comportamentos simétricos
adequados a género e idade pés em bico empoleirados
pernas pesadas a espreitar pelas saias
casacos assertoados decotes a condizer
cabelos disciplinados lábios de rosas
anéis pulseiras colares arrebiques de senhora
que se acomoda nas vestes do seu destino.
Mas sobretudo nunca entendi o calar dos sentidos
dos desejos dos impulsos da vontade de abraços beijos
de gostar de quem se gosta muito ou tudo
sem cuidar dos outros das conveniências das inusitadas
e estranhas regras da sociedade.
Talvez porque o estado de adulto ainda não fez caminho
que chegue lá onde estão as memórias
e a imperiosa necessidade de amar e ser amada.
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