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dois zero um oito
Com ou sem contabilidade final, acaba-se um ano e começa outro. Não cruzamos o tempo nem o tempo nos espera à entrada do primeiro segundo da primeira hora do primeiro dia do resto das nossas vidas.
Mas não deixamos de nos olhar como se alguma pele se destacasse e renascêssemos reluzentes, um brilho novo dentro das nossas habituais e usadas roupagens.
Que 2018 nos apeteça mais ainda que 2017.
(...) Assim, determina-se o seguinte:
1 — Os contratos a celebrar, para concessão de espaços destinados à exploração de bares, cafetarias e bufetes, pelas instituições do Ministério da Saúde, sejam da administração direta ou indireta do Estado ou os serviços e entidades públicas prestadoras de cuidados de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), designadamente os agrupamentos de centros de saúde, os estabelecimentos hospitalares, independentemente da sua designação, e as unidades locais de saúde, não podem contemplar a venda, nem a publicidade, dos seguintes produtos:
a) Salgados, designadamente rissóis, croquetes, empadas, chamuças, pastéis de massa tenra, frigideiras, pastéis de bacalhau, folhados salgados e produtos afins;
b) Pastelaria, designadamente, bolos ou pastéis com massa folhada e/ou com creme e/ou cobertura, como palmiers, jesuítas, mil -folhas, bola de Berlim, donuts, folhados doces, croissants ou bolos tipo queque;
c) Pão com recheio doce, pão-de-leite com recheio doce ou croissant com recheio doce;
d) Charcutaria, designadamente sanduíches ou outros produtos que contenham chouriço, salsicha, chourição, mortadela, presunto ou bacon;
e) Sandes ou outros produtos que contenham ketchup, maionese ou mostarda;
f) Bolachas e biscoitos que contenham, por cada 100 g, um teor de lípidos superior a 20 g e/ou um teor de açúcares superior a 20 g, designadamente, bolachas tipo belgas, biscoitos de manteiga, bolachas com pepitas de chocolate, bolachas de chocolate, bolachas recheadas com creme, bolachas com cobertura;
g) Refrigerantes, designadamente as bebidas com cola, com extrato de chá, refrigerantes de fruta sem gás, refrigerantes de fruta com gás, águas aromatizadas, preparados de refrigerantes, refrescos em pó ou bebidas energéticas;
h) «Guloseimas», designadamente rebuçados, caramelos, pastilhas elásticas com açúcar, chupas ou gomas;
i) «Snacks» doces ou salgados, designadamente tiras de milho, batatas fritas, aperitivos e pipocas doces ou salgadas;
j) Sobremesas doces, designadamente mousse de chocolate, leite-creme ou arroz doce;
k) Barritas de cereais e monodoses de cereais de pequeno-almoço;
l) Refeições rápidas, designadamente hambúrgueres, cachorros quentes, pizas ou lasanhas;
m) Chocolates em embalagens superiores a 50 g e chocolates com recheio;
n) Bebidas com álcool;
o) Molhos designadamente ketchup, maionese ou mostarda.
2 — Os contratos referidos no número anterior devem contemplar a disponibilização obrigatória de água potável gratuita e de garrafas de água (entende -se como água mineral natural e água de nascente) e preferencialmente os seguintes alimentos:
a) Leite simples meio-gordo/magro;
b) Iogurtes meio-gordo/magro, preferencialmente sem adição de açúcar;
c) Queijos curados ou frescos e requeijão.
d) Sumos de fruta e/ou vegetais naturais, bebidas que contenham pelo menos 50 % de fruta e/ou hortícolas e monodoses de fruta;
e) Pão, preferencialmente de mistura com farinha integral e com menos de 1 g de sal por 100 g de pão;
f) Fruta fresca, preferencialmente da época, podendo ser apresentadas como salada de fruta fresca sem adição de açúcar;
g) Saladas;
h) Sopa de hortícolas e leguminosas;
i) Frutos oleaginosos ao natural, sem adição de sal ou açúcar;
j) Tisanas e infusões de ervas sem adição de açúcar.
3 — Ao pão, referido na alínea e) do número anterior, devem ser privilegiados os seguintes recheios: queijo meio-gordo/magro, fiambre com baixo teor de gordura e sal e de preferência de aves, carnes brancas cozidas, assadas ou grelhadas, atum (de preferência conservado em água) ou outros peixes de conserva com baixo teor de sal, ovo cozido; o pão deve ser preferencialmente acompanhado com produtos hortícolas, como por exemplo alface, tomate, cenoura ralada. (...)
Diário da República, 2.ª série — N.º 248 — 28 de dezembro de 2017
A remodelação do corpo pessoal e social, à distância de (mais) uma proibição.
Para quem estiver interessado, aqui fica o excerto do programa Agora Nós, da RTP1 (a partir dos 27 minutos), onde falei um pouco com o José Pedro Vasconcelos sobre o livro Prosas Bíblicas.
Salvador Sobral & Luísa Sobral
Se um dia alguém, perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei, que não se ama sozinho
Talvez devagarinho, possas voltar a aprender
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei, que não se ama sozinho
Talvez devagarinho, possas voltar a aprender
Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração, pode amar pelos dois
... de fazer uma tristíssima figura.
Costa "perdeu oportunidade" para mostrar que "ainda é capaz" de governar
Proliferam as associações e agrupamentos de pessoas de muito boa vontade, que voluntariamente dão o seu tempo, o seu esforço e as suas competências às mais diversas causas, mas especialmente a ajudar o próximo, mais precisamente aquele próximo a quem dava muito mais jeito um emprego do que o cabaz de Natal, a comida e os embrulhos de brinquedos e roupas.
Proliferam as empresas que pedem aos seus empregados para, voluntariamente, prescindirem dos seus dias de descanso para angariarem mais clientes, oferecendo serviços a custo zero, à custa de horas de trabalho sem remuneração.
Crescem as avaliações que não prescindem da explicitação do trabalho comunitário e voluntário de quem se candidata a qualquer tipo de emprego, mesmo que as acções não tenham sido mais que as estritamente necessárias para enfeitar o currículo.
Publicitam-se abundantemente os voluntariados e os voluntários nas televisões, nas rádios, nas redes sociais, para nos lambuzarmos de bondade, por darmos tanto de nós a tanta gente, de quem esperamos gratidão, fidelidade, consumismo, ou mesmo adoração.
Nada tenho contra a gentileza e o sentido de solidariedade seja de quem for, muito pelo contrário. Mas não estaremos nós a substituir empregos por trabalho não remunerado? É que para haver voluntários a dar aulas, ou a pintar escolas há professores e pintores que não têm trabalho. Além de que há muitas tarefas e apoios que são veiculados através do voluntariado e que deveriam ser obrigação do nosso Estado e da nossa sociedade.
Por outro lado desconfio sempre que a maior parte dos voluntários o são à força, ou então apenas desejam auto-promoção, à custa dos mais vulneráveis. A constante exploração dos sentimentos e da boa-fé, tal como a mercantilização do bem fazer, é tudo menos partilha e solidariedade. Pelo menos para mim.
Adenda: hoje foi mais em modo caranguejo...
Tanta palavra, tanto abraço, tanto afecto, tanto amor, tanto mel, tanto amasso, tanto sorriso, tanta lágrima. Tudo se banaliza, até o que de mais íntimo e genuíno temos. E tudo acaba por perder significado e importância.
O Presidente da República transformou-se no fiel da balança dos afectos e dos compromissos – tudo o resto se lhe compara, o tom, os olhares, a voz, a compaixão – ele é sempre o melhor e é com ele que todos se têm de medir.
Depois de uma irrelevância de Presidência protagonizada por Cavaco Silva, pelo azedume, pela escassez de empatia, pela arrogância e pelas intervenções rancorosas, Marcelo arrisca-se a desfazer aquilo que o transformou num excelente Presidente, pelo constante transbordar de discursos, comentários, aparições e avaliações. É, de facto, uma pena e um desperdício.
... que, como todos sabemos, já não é o que era.
A manhã passou-se a arrumar a desarrumação da véspera e a preparar o almoço. Resolvi aproveitar as sobras das couves, das batatinhas pequeninas e novas e do grão cozidos para fazer sopa, que será o meu alimento para os próximos dias, recuperando lentamente das calorias ingeridas.
Para esquecer as pernas de peru que costumam assombrar os nossos natais, o Pai Natal cá de casa investiu numa massada de tamboril com camarão, berbigão e vieiras, muito saudável, com muito tomate, pimentos, cebola, alho e salsa, "tudo em cru" (expressão assumidamente disparatada que muito se usa). Estava muito bom!
Respiremos, portanto, e deixemos que a preguiça nos restaure as forças. Para o ano há mais!
O melhor das prendas de Natal são as horas de cumplicidade e aconchego que passaremos a ver as séries, bem doseadas, e a descobrir histórias e autores novos (pelo menos para mim).
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