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If I can stop one heart from breaking,/ I shall not live in vain;/ If I can ease one life the aching,/ Or cool one pain,/ Or help one fainting robin/ Unto his nest again,/ I shall not live in vain. [Emily Dickinson]
A literatura não tem que estar confinada nem rotulada. Os grandes temas são afinal aqueles que nos fazem estalar o coração, sejam eles as liberdades colectivas ou o mais puro e egoísta sentimento de paixão e posse. Leonard Cohen é mais um exemplo de que um escritor pode ser cantor e músico, tal como um músico como Bob Dylan pode ser cantor e escritor.
Leonard Cohen atravessou gerações e as suas canções são poemas com melodias intemporais. Não sei se canta se declama, mas também não me interessa nem importa. Quem assim viveu é como se fosse quase imortal, porque continua a fazer-nos companhia, a seduzir-nos e a ensinar-nos o mundo.
Steer your way through the ruins
Of the altar and the mall
Steer your way through the fables
Of creation and the fall
Steer your way past the palaces
That rise above the rot
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
Steer your heart past the truth
You believed in yesterday
Such as fundamental goodness
And the wisdom of the way
Steer your heart, precious heart
Past the women whom you bought
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
Steer your path through the pain
That is far more real than you
That smashed the cosmic model
That blinded every view
And please don’t make me go there
Tho’ there be a god or not
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
They whisper still, the ancient stones
The blunted mountains weep
As he died to make men holy
Let us die to make things cheap
And say the Mea Culpa which you’ve probably forgot
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
Steer your way, o my heart
Tho’ I have no right to ask
To the one who was never
Never equal to the task
Who knows he’s been convicted
Who knows he will be shot
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
They whisper still, the ancient stones
The blunted mountains weep
As he died to make men holy
Let us die to make things cheap
And say the Mea Culpa which you gradually forgot
Year by year
Month by month
Day by day
Thought by thought
Atlas
Somos feitos de terra
grossos pedaços de mundo desfeito
aos trambulhões em mãos de deuses inexistentes.
Imagino-os em jogos florais
num gozo ocioso de folguedos imortais
enquanto torrões e grãos aniquilados
se disseminam por sentidos anulados.
Hillary Clinton
Depois do enorme duche de água gelada após a inimaginável vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, vale a pena acalmar e pensar em várias questões:
Este é um sinal, mais um depois do BREXIT, que deve acender todas as lanternas vermelhas em todos os cantos da Europa. As ondas populistas continuam e crescem e, enquanto as instituições nacionais e internacionais, como por exemplo a União Europeia, mantiverem o estado de negação e não olharem para os seus povos, para as suas angústias e temores, sem paternalismos nem juízos morais, para tentarem resolver os reais problemas das pessoas, a lenha continuará a ser lançada para estas fogueiras.
Não vale a pena lamentarmo-nos. A democracia funcionou e funciona. Mas se esta é a vontade da maioria, por algum motivo essa maioria tem esta vontade. O combate tem que ser frontal, diário e com actos, não apenas com intenções e discursos retumbantes.
Esperemos que o Trump Presidente não cumpra as promessas do Trump candidato. De resto, o futuro afigura-se-me bastante incerto e com cores bastantes escuras.
...que o Defender o Quadrado faz hoje...
Maria Bethânia
Zeca Pagodinho
SONHO MEU
(Yvonne Lara/Delcio Carvalho)
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Vai mostrar esta saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela-guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu
Sinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Vai mostrar esta saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela-guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu
Sinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Sonho meu
Sonho meu, sonho meu
Vai buscar quem mora longe
Sonho meu
Digo muitas vezes que não e eu e ela e quem e mim e passa e mais e sou e mão e crescer e sinto e gente.
Digo muitas vezes luz e gosto e caminho e erros e nada e tempo e chuva e arder.
E digo mais vezes o que não digo.
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