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Steer your way

por Sofia Loureiro dos Santos, em 11.11.16

A literatura não tem que estar confinada nem rotulada. Os grandes temas são afinal aqueles que nos fazem estalar o coração, sejam eles as liberdades colectivas ou o mais puro e egoísta sentimento de paixão e posse. Leonard Cohen é mais um exemplo de que um escritor pode ser cantor e músico, tal como um músico como Bob Dylan pode ser cantor e escritor.

 

Leonard Cohen atravessou gerações e as suas canções são poemas com melodias intemporais. Não sei se canta se declama, mas também não me interessa nem importa. Quem assim viveu é como se fosse quase imortal, porque continua a fazer-nos companhia, a seduzir-nos e a ensinar-nos o mundo.

 

Leonard Cohen

 

 

Steer your way through the ruins

Of the altar and the mall

Steer your way through the fables

Of creation and the fall

Steer your way past the palaces

That rise above the rot

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

 

Steer your heart past the truth

You believed in yesterday

Such as fundamental goodness

And the wisdom of the way

Steer your heart, precious heart

Past the women whom you bought

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

 

Steer your path through the pain

That is far more real than you

That smashed the cosmic model

That blinded every view

And please don’t make me go there

Tho’ there be a god or not

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

 

They whisper still, the ancient stones

The blunted mountains weep

As he died to make men holy

Let us die to make things cheap

And say the Mea Culpa which you’ve probably forgot

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

 

Steer your way, o my heart

Tho’ I have no right to ask

To the one who was never

Never equal to the task

Who knows he’s been convicted

Who knows he will be shot

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

 

They whisper still, the ancient stones

The blunted mountains weep

As he died to make men holy

Let us die to make things cheap

And say the Mea Culpa which you gradually forgot

Year by year

Month by month

Day by day

Thought by thought

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publicado às 21:44

Terra

por Sofia Loureiro dos Santos, em 11.11.16

atlas.jpg

Atlas

Mathilde Roussel

 

 

Somos feitos de terra

grossos pedaços de mundo desfeito

aos trambulhões em mãos de deuses inexistentes.

Imagino-os em jogos florais

num gozo ocioso de folguedos imortais

enquanto torrões e grãos aniquilados

se disseminam por sentidos anulados.

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publicado às 16:10

Acordemos

por Sofia Loureiro dos Santos, em 09.11.16

hillary.png

Hillary Clinton

 

Depois do enorme duche de água gelada após a inimaginável vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, vale a pena acalmar e pensar em várias questões:

  1. Não podemos assumir que as únicas razões para a votação em Donald Trump são a estupidez, a ignorância, a xenofobia e o sexismo, embora essas razões também devem ter estados presentes.
  2. Temos que tentar perceber que a insatisfação, a desigualdade, o desemprego e a crise económica desenvolveram uma crise social que afasta as pessoas dos políticos e da política, levando-as a acreditar em alguém que as convence estar fora do sistema.
  3. Os políticos, nomeadamente os de esquerda, menorizam e inferiorizam os eleitores, tratando-os com desdém e com sobranceria, em vez de tentarem compreender os seus anseios e procurarem soluções para os seus problemas.
  4. A constante afronta aos políticos e à política, falando-se continuamente de corrupção, com suspeitas constantes, acusações, faltas de respeito e desvalorização das funções públicas, são contraproducentes e só alimentam a desconfiança das populações em relação aos seus representantes.
  5. É urgente perceber o que causou os erros das projecções e das sondagens - as pessoas mentiram? Os autores das sondagens não valorizaram ou não contabilizaram com rigor as intenções de voto em Trump? Foram deliberadamente alteradas?
  6. É urgente perceber a crescente irrelevância dos media na cobertura das campanhas e na forma como, deliberadamente ou não, condicionam os leitores, provavelmente levando-os a fazer o contrário daquilo que advogam.

Este é um sinal, mais um depois do BREXIT, que deve acender todas as lanternas vermelhas em todos os cantos da Europa. As ondas populistas continuam e crescem e, enquanto as instituições nacionais e internacionais, como por exemplo a União Europeia, mantiverem o estado de negação e não olharem para os seus povos, para as suas angústias e temores, sem paternalismos nem juízos morais, para tentarem resolver os reais problemas das pessoas, a lenha continuará a ser lançada para estas fogueiras.

 

Não vale a pena lamentarmo-nos. A democracia funcionou e funciona. Mas se esta é a vontade da maioria, por algum motivo essa maioria tem esta vontade. O combate tem que ser frontal, diário e com actos, não apenas com intenções e discursos retumbantes.

 

Esperemos que o Trump Presidente não cumpra as promessas do Trump candidato. De resto, o futuro afigura-se-me bastante incerto e com cores bastantes escuras.

 

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publicado às 20:47

São mesmo 11 anos...

por Sofia Loureiro dos Santos, em 05.11.16

...que o Defender o Quadrado faz hoje...

 

Maria Bethânia

Zeca Pagodinho

 

 

SONHO MEU

(Yvonne Lara/Delcio Carvalho)

 

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

 

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

 

Vai mostrar esta saudade

Sonho meu

Com a sua liberdade

Sonho meu

No meu céu a estrela-guia se perdeu

A madrugada fria só me traz melancolia

Sonho meu

 

Sinto o canto da noite

Na boca do vento

Fazer a dança das flores

No meu pensamento

 

Traz a pureza de um samba

Sentido, marcado de mágoas de amor

Um samba que mexe o corpo da gente

E o vento vadio embalando a flor

 

Traz a pureza de um samba

Sentido, marcado de mágoas de amor

Um samba que mexe o corpo da gente

E o vento vadio embalando a flor

Sonho meu

 

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

 

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

 

Vai mostrar esta saudade

Sonho meu

Com a sua liberdade

Sonho meu

No meu céu a estrela-guia se perdeu

A madrugada fria só me traz melancolia

Sonho meu

 

Sinto o canto da noite

Na boca do vento

Fazer a dança das flores

No meu pensamento

 

Traz a pureza de um samba

Sentido, marcado de mágoas de amor

Um samba que mexe o corpo da gente

E o vento vadio embalando a flor

 

Traz a pureza de um samba

Sentido, marcado de mágoas de amor

Um samba que mexe o corpo da gente

E o vento vadio embalando a flor

Sonho meu

 

Sonho meu, sonho meu

Vai buscar quem mora longe

Sonho meu

 

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publicado às 19:52

Mais que dez e menos que doze

por Sofia Loureiro dos Santos, em 05.11.16

11 anos.png

Digo muitas vezes que não e eu e ela e quem e mim e passa e mais e sou e mão e crescer e sinto e gente.

Digo muitas vezes luz e gosto e caminho e erros e nada e tempo e chuva e arder.

E digo mais vezes o que não digo.

 

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publicado às 16:39

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