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Cada um cumpre o destino que lhe cumpre. / E deseja o destino que deseja; / Nem cumpre o que deseja, / Nem deseja o que cumpre. [Ricardo Reis]
1.
Água quente muito quente pelo corpo
acordo dos vapores da noite. Angústias
e tristezas dormidas com calmantes pesadelos
mais claros à luz da manhã. Vou-me diluindo
e preparando para o dia músculos
mais relaxados e descontraídos a alma
lavada pelo menos por fora.
2.
A estrada atravessa o sol casas
isoladas com alguém solitário como solitárias
as faces fechadas que comigo se cruzam. Solidão
é uma das palavras que melhor conheço
que se me pegou à pele e que me torce
por dentro. Solidão no que penso no que decido
no que não digo.
3.
Sinto as mãos quando não são
apertadas sinto desnorte quando não sou
conduzida sinto que as palavras me endurecem
o sangue me interrompem o fluir do carinho
e do pensamento.
Será que penso ou que sinto?
Ou que sinto o que penso?
Ou que penso o que sinto?
4.
Respiro mais fundo antes de abrir
a porta e engulo o que tiver
que engolir. Mas nem sempre as lágrimas
se prendem ou a raiva se segura. Transborda
e espalha-se mole peganhenta e feia
como são todas as mesquinhas formas
que nos desintegram.
5.
E eu já não tenho mais gavetas para encher
de revolta nem tapetes para esconder
entulhos. Tudo se me baralha e vou eliminando
selectivamente bons e maus momentos como se tudo
fosse apenas uma linha basal
de cansaço e desesperança.
Les Parapluies de Cherbourg é um filme de 1964, realizado por Jacques Demy, com música de Michel Legrand e interpretação de Catherine Deneuve, entre outros.
A música é muito célebre o o filme recebeu vários prémios, entre os quais a Palma de Ouro - Cannes 1964. Visto hoje continua a ser um filme belíssimo e comovente. A guerra da Argélia que separa os amantes, a promessa que ambos fazem de nunca se esquecerem e a realidade a impor-se, a realidade e o pragmatismo da pequena burguesia, a sobrevivência emocional, a melancolia do que se perde e do que se ganha e a naturalidade com que se encaravam determinados percursos e escolhas.
Foi com grande surpresa que vi o filme, que não conhecia, e que sobreviveu a todos estes anos como um hino à despedida da inocência.
Crato já transferiu verbas para as universidades pagarem bolsas de mérito a 818 alunos
Universidades já receberam, em dezembro, 1,98 milhões de euros para pagarem bolsas de mérito aos 818 melhores alunos de 2011/2012. Ainda há estudantes à espera de receber.
Programa de Estágios Profissionais na Administração Local (PEPAL)
Os programas de estágios profissionais na Administração Pública enquadram-se no âmbito das políticas ativas de emprego previstas no Programa do XIX Governo Constitucional e visam cumprir os objetivos e medidas do Plano Nacional de Implementação de uma Garantia Jovem, aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 104/2013, de 31 de dezembro (PNI-GJ).
Vários jornais noticiaram que apenas 85 vagas de um total de 200 para médicos de Medicina Geral e Familiar tinham sido preenchidas, pelo que iria abrir novo concurso.
Portanto, para além de 37 candidaturas excluídas, o que significa que havia menos 78 concorrentes [(200-(85+37)]=que número de lugares, ficamos a saber que o concurso abriu em Abril passado, ou seja, há 9 meses. Pelo que entre o anúncio do novo concurso até à concretização do mesmo e depois até à sua conclusão... talvez lá para 2016 estejam apurados mais alguns médicos a contratar.
O Júri (enfim, apenas 2 dos 3 membros) pronunciou-se sobre ambos: gostaram mais do "Estufado de novilho com vegetais em cama de arroz de tomilho" do que da "Tarte folhada de maçã macerada em rum, com gratinado da mesma em crosta de amendoim", o que me deixou muito descoroçoada.
As críticas abrangeram a crosta de amendoim, que parece não fazer falta, notando-se o sabor mas não ligando lá muito bem. O veredicto foi: deixa-se comer.
Quanto ao estufado foi bastante apreciado: estava tenro e bem temperado, com um aroma apetitoso. Mas, na verdade, não vi ninguém esfusiante de felicidade...
Resumindo - a Chefe ainda não sou Eu... - lá terei que esperar mais uns tempos pelo brilho nas Manhãs da Comercial.
Está decidido. O próximo MasterChef será meu, só meu, vencedora incontestada, manejando célere os instrumentos mais afiados, desde descascadores de cenouras (utensílio recentemente descoberto) até raladores e máquinas 123, tudo num grande rodopio. Não será a full-course dinner em 90 minutos, mas uma two-course meal fiz eu hoje, em 120 (com a insignificante ajuda da panela de pressão).
Ao contrário dos concorrentes aprendizes dos vários programas que correm pelo mundo, comecei pela sobremesa, que eu andava a magicar já há algum tempo. E tudo isto porque queria arranjar uma tarte que não contivesse natas, nem farinha, a mais saborosa, leve e deliciosa (e dietética, se é que isso pode existir) tarte do mundo. Além do facto de ter umas maçãs que queria despachar, por já estarem a ficar um pouco avelhentadas.
Mas isso são pormenores. Armada de todas as aprendizagens nas horas somadas das observações de culinária às audições de O Chefe sou Eu, com o Chef Avillez, estou transformada numa Chefe Sofia sem chapéu nem jaqueta mas capaz de descascar, pelar, triturar e amassar o que for preciso, sem medo nem compaixão.
Voltemos à tarte e comecemos pelo nome – importantíssimo, diria mesmo fundamental!
"Tarte folhada de maçã macerada em rum, com gratinado da mesma em crosta de amendoim"
Então, não soa bem?
A seguir fui para o main-course:
"Estufado de novilho com vegetais em cama de arroz de tomilho"
Aguardemos que os comensais se manifestem...
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