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Egipto - madrugada esperada

por Sofia Loureiro dos Santos, em 11.02.11

 

 

Hoje há um lugar que nos ocupa os olhos, os ouvidos, a esperança, como aconteceu há 37 anos. Os soldados ao lado do povo.

 

No Egipto é tempo de grande júbilo, de sonho e de utopia.

 

A tomada de poder pelos militares, a dissolução do Parlamento - será que é o verdadeiro início de uma nova era de transição para a democracia? Esperemos que sim. Também por cá experimentámos o extremismo, ultrapassámos o Verão quente de 1975 e vivemos em liberdade e democracia.

 

Já ouvi que hoje caiu o muro de Berlim no mundo árabe. Vamos todos torcer para que assim tenha, de facto, acontecido.

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publicado às 22:25

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

por Sofia Loureiro dos Santos, em 08.02.11

 

Sou totalmente a favor da obrigatoriedade da prescrição médica por DCI. Mas também sou totalmente contra a possibilidade de alteração da prescrição do médico sem que este o autorize expressamente. A prescrição de um medicamento faz parte do acto médico e só pode ser o médico o responsável. Permitir que se troque um medicamento, seja ele qual for e esteja prescrito da forma que estiver, é uma perversão do acto médico e um perigo para o doente. Por isso, embora o facto do Presidente não ter promulgado o diploma do Governo sobre prescrição de medicamentos ser um facto político que revela o que vai ser este segundo mandato de Cavaco Silva, acho muito bem que o tenha feito.

 

Sou totalmente a favor da obrigatoriedade da prescrição médica electrónica. Não percebo as explicações do Presidente. Mas também penso que é uma medida que foi mal preparada. A maior parte dos médicos que conheço não sabe bem o que fazer a partir de 1 de Março. Os telefones da ACSS não respondem. Não há informações (pelo menos não as encontrei) nos sites da Ordem nem dos Sindicatos Médicos. Encontrei um software gratuito, já certificado pela ACSS, depois de muito procurar na internet.

 

Não entendo porque é que o governo insiste em implementar tão mal medidas que, à partida, são correctíssimas. Parece-me demasiada, a incompetência.

 

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publicado às 21:43

FMI ao fundo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 07.02.11

 

Após a omnipresença do FMI nas conversas, nas ameaças e nas promessas de responsabilização do governo pela sua mais que certa entrada em Portugal, qual potência invasora, desapareceu quase instantaneamente. O FMI volatilizou-se da preocupação de Pedro Passos Coelho e de todos os economistas, comentadores e astrólogos encartados.

 

Obviamente que, desaparecida esta desculpa, haverá certamente outra. Por isso é necessário rapidamente desapear Sócrates, nem que signifique o PCP viabilizar uma moção de censura do PSD/CDS, ou o PSD/CDS viabilizar uma moção de censura do PCP.

 

Entretanto Ana Benavente voltou das brumas para - encabeçar uma lista alternativa a Sócrates? Será ela?

 

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publicado às 22:14

Rios escuros

por Sofia Loureiro dos Santos, em 06.02.11

 

 João Jacinto 

 

Dias perdidos de plenitude

horas longas e vagarosas

desmanchadas em neblina

rios escuros correm ao lado.

 

Vemos passar a vida e perguntamos

porque não passamos nós pela vida.

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publicado às 22:38

Foyle's War

por Sofia Loureiro dos Santos, em 06.02.11

 

Foyle’s War é uma série policial britânica que passou num dos canais televisivos a horas impróprias. Alguém que de mim gosta e que por mim vela, sabendo do meu gosto por histórias de crimes, ofereceu-me, num Natal longínquo, a colecção completa. Por um motivo ou por outro, ficou adormecida durante muitos meses. Quando vi o primeiro episódio fiquei rendida.

 

Christopher Foyle é Detective Chief Superintendent da Polícia de Hastings, perto de Londres, em pela II Guerra Mundial. Pede várias vezes para que o autorizem a colaborar no esforço da Guerra, mas os seus superiores decidem que Foyle é muito mais útil no seu posto. Contra vontade, Christopher Foyle passa a Guerra resolvendo homicídios, casos de sabotagem e roubo, de cobardes e heróis, de paixões e ganância, assistindo às arriscadas missões do seu filho, Andrew Foyle, piloto da RAF.

 

Com ele estão o Detective Sergeant Paul Milner, após ferimentos em combate, e Sam (Samantha) Stuart, filha e sobrinha de numerosos Vigários, contribuindo patrioticamente como motorista de Foyle.

 

Britânica até à medula, no rigor dos detalhes, na contenção e realismo das personagens, na excelência dos argumentos e dos diálogos, é uma série que aproveita, em cada episódio, casos verídicos em que baseia a trama. Anthony Horowitz, o autor, também adáptou várias histórias de Agatha Christie.

 

 

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publicado às 22:21

Hipertensão arterial

por Sofia Loureiro dos Santos, em 05.02.11

 

É oficial: abriu a idade pesada, a meia-idade, a fase descendente, o início da decrepitude, da velhice, do depauperamento. Cabeça de chumbo, forma compacta, andar bamboleante, subir escadas a arfar, palpitações, trabalho, trabalho, trabalho, o corpo em forma de assento, óculos para ver ao longe, óculos para ver ao perto, enfim, todos os ingredientes para ter que assumir que já não chega a automedicação.

 

E lá está – a hipertensão arterial. Imagina as artérias a estreitarem-se e a enrijarem, com as elásticas interna e externa a perderem a elasticidade, o coração a aumentar para conseguir bombear a mesma quantidade de sangue, para todas as ínfimas partes de um corpo cuja superfície vai alastrando.

 

É preciso andar a pé, faça chuva ou faça sol, cedo ou tarde, com frio ou com calor. É preciso comer mais vezes durante o dia, fruta e fibras, yogurts e água. É preciso ver os açúcares, as gorduras, o estado do fígado, dos rins, dos vasos. São precisas análises e ecografias e electrocardiogramas. É preciso render-se ao comprimido diário.

 

Podia ser pior. Podia ter joanetes, hemorróidas, pés de galinha e próteses dentárias. Podia ter que comprar sapatos Dr. Scholl e usar super corega.

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publicado às 22:52

Perímetro de segurança.

por Sofia Loureiro dos Santos, em 05.02.11

 

Pesquisei através do Google e fui ao site do PS para tentar ler ou ouvir a totalidade da proposta de Jorge Lacão, pois a única coisa que as televisões, jornais e blogues comentam é a sua obsessão em reduzir deputados. Como de costume, já as vozes de José Lello e Vitalino Canas mataram qualquer hipótese de discutir seriamente quaisquer ideias sobre constituição da Assembleia da República, alteração dos círculos eleitorais, representatividade dos cidadãos, etc.

 

Aguardo também a clarificação política (ideológica) no PS, a que apela José Sócrates. De clareza o PS anda muito afastado, tendo a crise chegado à vontade de arriscar, ao assumir das divergências e ao genuíno combate democrático. Ana Gomes, António José Seguro, Sérgio Sousa Pinto, Helena Roseta, Manuel Maria Carrilho tiveram muitas e graves discordâncias com esta equipa dirigente. Será que vão corporizar alguma alternativa à liderança de José Sócrates?

 

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publicado às 22:31

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