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Danças de salão

por Sofia Loureiro dos Santos, em 01.11.09

 

A coreografia montada visando a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa como presidente do PSD é mais um passo atrás na resolução da substituição geracional que, tal como noutros partidos, é indispensável que se faça no PSD.

 

A rapidez e os apoios à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, que surge mais uma vez como a única salvadora e credível, para o partido e para o país, são tanto mais estranhos quanto seria razoável o resguardar da figura do Professor para a Presidência da República, já que a recandidatura de Cavaco Silva é cada vez mais improvável.

 

O que levanta a questão de haver sectores no PSD que não verão com grande entusiasmo a hipótese de Marcelo Rebelo de Sousa ser Presidente da República. Estou convencida que o próprio Marcelo deve pensar que esta é a pior altura para tal dilema.

 

Assistiremos portanto a várias danças de salão, umas mais sofisticadas que outras, entre os vários actores na esfera do PSD, mais interessados na sua ambição e nas suas carreiras que na construção de uma oposição a sério e de uma alternativa de governação.

 

(também aqui)

 

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publicado às 15:35

A questão das demissões

por Sofia Loureiro dos Santos, em 01.11.09

 

A investigação de casos de corrupção que envolvem directamente agentes do estado, como é o caso Face Oculta, é mais um aviso da necessidade de uma justiça mais célere e mais transparente para restaurar a confiança dos cidadãos na administração pública, central e local.

 

É preocupante o avolumar de casos a investigar e a não conclusão definitiva de nenhuma destas operações necessariamente mediáticas, como os casos Freeport, Portucale, Apito Dourado, Operação Furacão, etc. A promiscuidade entre política, empresas que dependem do estado ou privadas, futebol, o tráfico de influências, os favorecimentos ilícitos e, sobretudo, o sentimento de impunidade que alastra a toda a sociedade são extremamente perniciosos para o próprio regime democrático.

 

No caso mais recente, Armando Vara foi constituído arguido. Independentemente do facto de qualquer pessoa ser considerada inocente até que se prove o contrário, como é possível que não apresente a demissão da Vice-Presidência do BCP? A sua manutenção no cargo vai tornar-se rapidamente num embaraço para o BCP assim como para o governo, para além de ser também uma questão de dignidade pessoal. Vítor Constâncio (personagem que perdeu credibilidade ao longo destes últimos 4 anos, nomeadamente com os casos BCP e BPN e BPP) já fez saber que “(…) Enquanto regulador, (…) questiona a idoneidade do vice-presidente do BCP (…)”.

 

O que se passou com o arrastar e atrasar do pedido de demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado deveria transformar-se num exemplo a não seguir.

 

(Também aqui)
 

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publicado às 13:11

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