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Cenários de susto

por Sofia Loureiro dos Santos, em 20.11.08

Troca de e-mails:

  1. Mas quem é que a ameaçou?? A Srª não sabe ler ou quer tomar os outros por parvos?? Olhe, eu não a ameaçei,(mania da perseguição) mas de uma coisa lhe garanto, se o quisesse fazer não o diria(até porque seria ridículo ameaçar alguém por disparates ditos num Blog) contudo qualquer um de nós cede, porque medo temos todos, por isso a figura de heroina que pretende mostrar é tão patética como o dizer que "É assim que convence os professores a pedirem a suspensão da avaliação? Esta é o seu entendimento de liberdade de expressão?" A Srª julga que a liberdade de expressão lhe dá o direito de enxovalhar toda uma classe? Se calhar também achou bem quando aos Médicos da Privada lhes foi imposto que os Atestados Médicos pasassem obrigatoriamente por Centros de Saúde para ser passado um novo atestado médico e entupindo os serviços médicos. Isso sim é passar um verdadeiro atestado de menoridade aos outros médicos Cumprimentos
    (Pessoa Identificada)
  2. Re: Deixe-me só esclarecer um assunto. Eu sou a favor da medida que determina que os atestados médicos sejam passados pelos Médicos de Família. Descontando o exagero dos doentes internados, que deveriam ser dispensados disso, essa medida reduziu bastante o número de atestados fraudulentos
  3. E já que percebe tanto de leis aqui fica uma para si
    ARTIGO 12.º
    (Dignidade)
    Em todas as circunstâncias deve o Médico ter comportamento público e profissional adequado à dignidade da sua profissão. Cumprimentos
    (Pessoa Identificada)
  4. Re: Calculo que o mesmo se aplique aos Professores, ou a qualquer outra pessoa, mesmo que não esteja consagrado em lei.
  5. e a Srª é Médica , Mas é que ao contrário de si eu não sou profesora ou médica veja bem por onde pisa que uma cartinha à ordem dos médicos só lhe faria bem para se acalmar, para mais que afirmar"Deixe-me só esclarecer um assunto. Eu sou a favor da medida que determina que os atestados médicos sejam passados pelos Médicos de Família. Descontando o exagero dos doentes internados, que deveriam ser dispensados disso, essa medida reduziu bastante o número de atestados fraudulentos." Só remete os seus colegas da privada para Médicos de 2ª o que certamente iriam apreciar muito o seu ponto de vista. A Srª de facto nada tem a ver com a Medicina é uma pária já que a quase totalidae dos Médicos não concordou com tal medida, dedique-se à poesia do poder que só lhe faz bem
    (Pessoa Identificada)

Comentários aos posts anteriores:

  • Está a fazer um trabalho indecente acusando os Professores disto e daquilo, se continua a abusar garanto que lhe abro um processo por difamação e não estou a brincar CHEGA caramba sempre a malharem no mesmo Não tem vida própria? Bolas
    (Dino)
  • Eu vou dizer-lhe o que é intimidação, é a sujeira que a Sr faz, que nem sequer merece o nome de MÉDICA, e agora foi longe demais ao querer convencer que quem lhe enviou o e-mail é Professora, já vimos que trabalha para o seu PS, se desejar falamos cara a cara em Oeiras ou na Ordem dos Médicos, será melhor assim? Ou será que só gosta de dizer inúmeras barbaridades escondida por detrás de um monitor?? Quem não me intimida é a senhora que ainda tem o desplante de dizer a respeito de um desabafo muito sincero "Esta é a forma como algumas pessoas que se intitulam professores defendem as suas opiniões e intimidam quem pensa de uma maneira diferente." Quem não está por si é contra si, mas o facto de as suas palavras magoarem as pessoas já nada lhe diz, tão poeta que somos e tão inumana, lembra um dos poemas de Carcia Lorca
    (Dino)
  • O Dino tem toda a razão e a Srª Sofia parece que anda de mal com a vida ressabiada sabe-se lá com o quê, ainda por cima dizem que é Médica!?!?
    (Anabela)


Já fui ameaçada de denegrirem a minha família, de ter uma queixa contra mim na Ordem dos Médicos, de ser processada por difamação e de ser enfrentada cara a cara em Oeiras ou na Ordem dos Médicos (confesso que não percebi muito bem esta ameaça), para além de ser acusada de ser uma sem vergonha e de uma desumanidade sem par.

 

Coloquei aqui estes comentários e esta troca de e-mails não para me divertir, porque são muito tristes, mas apenas para fazer duas reflexões: 

  1. Ou estas pessoas não fazem parte dos professores que reivindicam a suspensão da avaliação e podemos suspeitar que, à volta de um núcleo que segue as teses da Fenprof e de Mário Nogueira se juntaram as mais diversas áreas de contestação, má disposição, desequilíbrio mental e má índole, dando a ideia do que se tem empolado com que fins políticos esdrúxulos esta contestação.
  2. Ou estas pessoas são mesmo professores, seus defensores e representantes e concluimos quão assustador é esse cenário. Porque se assim é, passo a defender não só uma avaliação do desempenho como uma avliação científica e, mais importate que isso, uma avaliação de personalidade e carácter de quem quer ensinar e/ou formar crianças e jovens.

 

No entanto penso que a primeira hipótese é a correcta. Conheço muitos Professores esforçados, competentes, trabalhadores, generosos, muitíssimo bons professores, que se dedicam à Escola e aos alunos e que seriam incapazes de tais palavras, mesmo que não oncordem com a política ministerial.

 

 

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publicado às 21:13

Sujidade

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.11.08

A Sr anda a ser muito suja para com os Docentes deste País que não lhe fizeram mal nenhum, gostaria que eu também a denegrisse junto da sua família
Cumprimentos

(Pessoa identificada)

 

Este é um dos e-mails que recebi na sequência dos posts que tenho escrito sobre a implementação da avaliação do desempenho dos professores. A pessoa que mo enviou identificou-se mas, como não lhe pedi autorização, não revelo aqui o seu nome.

 

Esta é a forma como algumas pessoas que se intitulam professores defendem as suas opiniões e intimidam quem pensa de uma maneira diferente.

 

A mim não me intimidam. Espero que não intimidem os verdadeiros Professores.

 

Adenda: vale a pena ler alguns comentários de Dino do post anterior. São estas as mais amplas liberdades e a abertura ao diálogo que defendem algumas pessoas.

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publicado às 22:35

Subscrevo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.11.08

A Fenprof manipula e Mário Nogueira não é sério


O líder da Federação de Professores (FENPROF), Mário Nogueira, abandonou a reunião que hoje mantinha com a ministra. Motivo: a ministra não suspendeu a avaliação como era exigência da Fenprop para continuar a negociar.

Mas a Fenprof e Mário Nogueira querem negociar o quê, se exigem a suspensão da avaliação? Resposta: não querem negociar nada. Querem somente deitar abaixo a ministra porque ela insiste que não desiste da avaliação.

Insiste e muito bem. Eu, como pai de dois alunos, quero que os professores deles sejam avaliados pelos seus pares e pelos pais, se possível. Quero saber se são bons, se são pedagogos, se não faltam, meses a fio com atestados médicos que todos sabemos serem falsos, se não metem sucessivos artigos quartos com uma enorme descontracção e sem nenhum problema de consciência, deixando turmas inteiras sem aulas durante horas, dias, meses.

Em todo o sector privado, a avaliação é uma regra há muitos anos. Aqui, nesta empresa, não só avaliamos os nossos subordinados, como eles nos avaliam e nós avaliamos os nossos superiores, inclusive o director-geral da empresa. Porque carga de água é que os professores, que passam o ano a avaliar milhares de alunos, não podem ser avaliados?

Para descredibilizar o processo, há escolas que transformaram a avaliação em manuais de mais de 30 páginas. E Mário Nogueira, que assinou um acordo com a ministra antes do Verão para prosseguir o processo de avaliação, rompeu-o sem nenhuma justificação credível.

A Fenprof é contra o processo, mas não sugere nada em alternativa. O que quer é uma avaliação de faz de conta, em que os bons e os maus professores são todos avaliados de forma positiva, o que é uma injustiça para os bons e um prémio para os maus. É isto que os professores querem? Não sei. Mas sei que é isto que a Fenprof e Mário Nogueira querem.

A Fenprof e Mário Nogueira não defendem um sistema de ensino melhor. Defendem os maus professores, os calões, os relapsos, os incompetentes. Defendem o pior que existe no ensino, os seus vícios, os seus erros, o descalabro provado através de estatísticas do ensino secundário em Portugal nos últimos 30 anos. É este o resultado das suas posições. E será este o resultado dos próximos 30 anos se a Fenprof e Mário Nogueira conseguirem manter o sistema de ensino sem uma avaliação séria e credível.

A Fenprof e Mário Nogueira são os principais responsáveis da mediocridade do ensino secundário em Portugal.

 

Nicolau Santos - Expresso

 

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publicado às 22:24

Humores deteriorados

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.11.08

O Banco de Portugal reviu em baixa o crescimento económico para este ano. Já vai em 0,5%. Não deixa de pasmar a previsão do governo que antevê um crescimento de 0,6% para o ano.

 

Mas o Banco de Portugal produziu mais uma pérola de análise político-económica e social. É que o desemprego de longa duração aumenta porque os apoios aos desempregados são… demasiado bons.

 

Pensavam que era porque há cada vez menos trabalho? Não, todos nós gostamos é de ficar a receber este chorudo subsídio de desemprego durante meses e meses.

 

O humor dos nossos políticos anda mesmo pelas ruas da amargura.

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publicado às 22:02

Suspenda-se a democracia (revisitado)

por Sofia Loureiro dos Santos, em 18.11.08

Já ouvi várias vezes todos os excertos que consegui, da TSF, da RTP, do Rádio Clube e da SIC, referentes às declarações de Manuela Ferreira Leite.

 

Não é possível perceber que lapso foi aquele, se de pensamento se apenas falhanço de uma ironia mal feita e de mau gosto, até porque não se ouve a totalidade da intervenção.

 

Mas o que parece mesmo é uma conclusão lógica que ela tirou, ali perante quem a queria ouvir, que não é possível reformar em democracia e que, se calhar, até era melhor suspender a democracia por 6 meses para se fazerem as reformas.

 

Foi de uma infelicidade absoluta mesmo fazendo-lhe a justiça de acreditar que disse o que não queria ter dito, nem com a intenção que se lhe supõe.

 

Inacreditável.

 

 

 

Adenda (19/11): mesmo achando inacreditáveis estas declarações, não posso deixar de lamentar o ar grave e sério, manipulador e com falta de nível de Alberto Martins. Não é sério nem é credível o aproveitamento político a tresandar oportunismo bacoco. Sinceramente, que tristeza.

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publicado às 22:53

Crise esquizofrénica

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.11.08

A globalização transformou-se neste infernal ciclo vicioso.


Há crise por isso devemos poupar. Se pouparmos consumimos menos. Se temos muitas despesas e comprarmos a crédito ficamos super endividados. Logo temos que consumir menos.


Se consumirmos menos os donos das lojas vendem menos e vão à falência. Se as lojas vendem menos as empresas fazem menos utensílios, as construtoras constroem menos casas, as imobiliárias e as empresas vão à falência.

 

Então uma forma de reanimar a economia é tornar o crédito mais barato, para que as pessoas comprem a crédito os carros, as casas, as viagens de turismo, os plasmas, os telemóveis, etc.

 

Portanto há crise mas não podemos deixar de consumir sob pena de irmos todos à falência.

 

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publicado às 22:38

A clarificação do clarificado

por Sofia Loureiro dos Santos, em 17.11.08

Foi necessário clarificar o que está escrito no Estatuto do Aluno, através de um despacho.

 

Poi vamos ver o que está explícito e no espírito da lei:
 

Lei n.º 3/2008, de 18 de Janeiro, Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e Secundário:

(…)
Artigo 21.º
Excesso grave de faltas
1 — Quando for atingido o número de faltas correspondente a duas semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos outros ciclos ou níveis de ensino, os pais ou o encarregado de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados à escola, pelo meio mais expedito, pelo director de turma ou pelo professor titular de turma, com o objectivo de os alertar para as consequências do excesso grave de faltas E DE SE ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO QUE PERMITA GARANTIR O CUMPRIMENTO EFECTIVO DO DEVER DE FREQUÊNCIA, BEM COMO O NECESSÁRIO APROVEITAMENTO ESCOLAR.
(…)
Artigo 22.º
Efeitos das faltas
(…)
2 — Sempre que um aluno, independentemente da natureza das faltas, atinja um número total de faltas correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino secundário e no ensino recorrente, ou, tratando-se, exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos e níveis de ensino, deve realizar, LOGO QUE AVALIADOS OS EFEITOS DA APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CORRECTIVAS REFERIDAS NO NÚMERO ANTERIOR, uma prova de recuperação, na disciplina ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite, COMPETINDO AO CONSELHO PEDAGÓGICO fixar os termos dessa realização.
3 — Quando o aluno não obtém aprovação na prova referida no número anterior, o CONSELHO DE TURMA PONDERA A JUSTIFICAÇÃO OU INJUSTIFICAÇÃO DAS FALTAS DADAS, O PERÍODO LECTIVO E O MOMENTO EM QUE A REALIZAÇÃO DA PROVA OCORREU E, SENDO O CASO, OS RESULTADOS OBTIDOS NAS RESTANTES DISCIPLINAS, PODENDO DETERMINAR:
a) O CUMPRIMENTO DE UM PLANO DE ACOMPANHAMENTO ESPECIAL E A CONSEQUENTE REALIZAÇÃO DE UMA NOVA PROVA;
b) a retenção do aluno inserido no âmbito da escolaridade obrigatória ou a frequentar o ensino básico, a qual consiste na sua manutenção, no ano lectivo seguinte, no mesmo ano de escolaridade que frequenta;
c) A exclusão do aluno que se encontre fora da escolaridade obrigatória, a qual consiste na impossibilidade de esse aluno frequentar, até ao final do ano lectivo em curso, a disciplina ou disciplinas em relação às quais não obteve aprovação na referida prova.

 

Já agora considera-se justificação de faltas:
 

"(…)
Artigo 19.º
[...]
1 — São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:
a) Doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento superior a cinco dias úteis;
b) Isolamento profiláctico, determinado por doença infecto -contagiosa de pessoa que coabite com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;
c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar
previsto no estatuto dos funcionários públicos;
d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;
e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa efectuar -se fora do período das actividades lectivas;
f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;
g) Acto decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efectuar -se fora do período das actividades lectivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como própria dessa religião;
h) Participação em provas desportivas ou eventos culturais, nos termos da legislação em vigor;
i) Participação em actividades associativas, nos termos da lei;
j) Cumprimento de obrigações legais;
k) Outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo director de turma ou pelo professor titular de turma."

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publicado às 21:55

Andreas Scholl

por Sofia Loureiro dos Santos, em 16.11.08

 

(Vivaldi - Sabat Mater)

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publicado às 16:54

Muerte del Angel

por Sofia Loureiro dos Santos, em 16.11.08

 

(Astor Piazzolla)

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publicado às 16:39

Momentos

por Sofia Loureiro dos Santos, em 16.11.08


(aguarela de Graham Swain)

 

Há momentos
em que a terra respira superficialmente
guarda gotas do suor dos tempos,

 

nessas mesmas horas em que adormecemos
e a desilusão se extingue
nas carícias que trocamos.

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publicado às 16:09



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