Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Hackers

por Sofia Loureiro dos Santos, em 31.07.06
Não sei o que se passa com o meu blogue. Estou fora e, quando "postei" o último post, deparei com um blogue totalmente diferente do meu. Modificou-se o template. Será que me está a acontecer o mesmo que ao Abrupto????

Investigarei, logo a partir de amanhã!

Este não é o meu template!

Sinto-me muito irritada!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:26

Gaivotas

por Sofia Loureiro dos Santos, em 29.07.06


Gritos urgentes das gaivotas,
nas madrugadas
de sono e calor.


Vozes vorazes e abruptas
decapitam o silêncio.


(fotografia de Noah Grey: seagulls)

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

publicado às 21:35

Antecipação

por Sofia Loureiro dos Santos, em 21.07.06

Fecho a porta
às persianas descidas,
ao pó que se acumula,
à caneta destapada,
à cama por fazer,
ao gelo que se derrete.

Ligo o meu motor,
foco os olhos na paisagem,
permito-me antecipar
o mar.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

publicado às 23:12

Risível

por Sofia Loureiro dos Santos, em 21.07.06
Depois de reler alguns dos meus posts e vários outros posts que se escrevem por aí, vem-me um cansaço enorme perante a nossa puerilidade.

Será que a figura que fazemos, brandindo argumentos, puxando razões, esgrimindo princípios, tão certeiros e comprometidos como missionários da fé, não é a figura das crianças que se tomam a sério no meio de velhos cínicos que se riem?

E tem tudo isto algum sentido, ou apenas um encolher de ombros na desesperança?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 18:26

Viagem

por Sofia Loureiro dos Santos, em 21.07.06


O frio especial das manhãs de viagem,
a angústia da partida, carnal no arrepanhar
que vai do coração à pele,
que chora virtualmente embora alegre.

(poema de Álvaro de Campos; fotografia de Amy Kumler: early morning)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:47

Jornalismo

por Sofia Loureiro dos Santos, em 21.07.06

Quem tenha visto ontem, na RTP1, a peça sobre o debate parlamentar com a Ministra da Educação teria ficado exactamente na mesma no que diz respeito às razões pelas quais tinha decidido repetir duas provas. Teria visto que a justificação seria a existência de péssimos resultados e teria ouvido excertos das intervenções dos deputados da oposição que lhe chamaram incompetente e arrogante.

Não tive oportunidade de ver as reportagens dos outros canais generalistas, mas deduzo que devem ter sido semelhantes, pois na maioria dos casos assim é. Há uma espécie de cartelização dos telejornais.

Quem, como eu, viu as duas coisas, não pode deixar de ficar perplexa e muito preocupada com a forma como a informação é manipulada.

A omissão de informação é tanto ou mais grave que a sua deturpação pura e simples. Os jornalistas têm a função de servir informação para que quem a lê possa cruzar dados e pensar com e sobre eles. O poder dos media é enorme e exige uma enorme responsabilidade assim como um enorme profissionalismo.

Neste momento o que interessa ao jornalismo televisivo é o aproveitamento de alguns momentos histriónicos, cómicos ou trágicos que prendam a atenção dos espectadores, sem qualquer preocupação de rigor, explicação ou esclarecimento. O tempo disponível para debitar frases ou imagens é curto, e de uma notícia salta-se para outra, mais espectacular que a primeira.

O que mais me impressiona é que esta manipulação de informação não é ditada por qualquer ideologia. É apenas ditada pelo imediatismo, pelo controlo de audiências e pela tentativa de cativar novos espectadores.

Os partidos políticos e os governantes já se habituaram a esta ditadura comunicacional e tendem a governar, não com programas e objectivos, mas com aquilo que fica bem no telejornal das 20:00, para quem os julga de imediato, ou seja, os vários jornalistas / comentadores que se passeiam de um para outro canal, explicando a quem ouve o que deve pensar.

Isto é menos verdade no jornalismo escrito, em que a escolha é maior. No entanto, conforme alerta Fernanda Câncio no seu
artigo de hoje, a imprensa escrita está a cair no mesmo erro, reduzindo as notícias a alguns títulos, servindo-as sem peles nem caroço para melhor serem deglutidas.

A informação livre é um dos pilares da democracia. Que liberdade de informação é esta se temos um filtro ditado pelas leis das audiências e do espectáculo? Como se pode assegurar que o que vemos e ouvimos corresponde, de facto, ao que se passa? Quais são os deveres profissionais e éticos dos jornalistas, quem os regula e controla?

Como em todas as profissões há bons e maus profissionais. Como todas as corporações, esta assume a defesa de atitudes e situações indefensáveis, considerando-se acima de qualquer crítica. Como noutras profissões, a auto regulação não funciona, sindicatos, ordens e outros organismos perpetuam e amplificam o autismo corporativo.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:26

Explicações

por Sofia Loureiro dos Santos, em 20.07.06


Finalmente ouvi as explicações da Sra. Ministra da Educação.

Ouvi e percebi muitas coisas:

  • que, ao contrário da generalidade da população que genuinamente queria perceber esta insólita e polémica decisão, os nossos representantes na Assembleia da República, nomeadamente os pertencentes aos partidos que tinham pedido os esclarecimentos urgentes (PSD e PCP), estavam apenas interessados em destruir politicamente a ministra (nada que me espante);
  • que, ao contrário dos deputados do PS, nomeadamente de Manuela de Melo, os deputados do PSD e do CDS não percebiam nada do assunto que tinham pedido para discutir;
  • que, ao contrário da Ministra, os deputados têm uma forma de falar muito pouco civilizada, ou seja mal educada, com especial ênfase para a deputada do PCP, Luísa Mesquita, que sabe do que está a falar mas tem uma atitude histérica e descabelada;
  • que, ao contrário do seu colega Augusto Santos Silva, a Sra. Ministra não percebe nada de chicana parlamentar e está mal preparada para enfrentar este tipo de debates;
  • que as coisas no ensino estão muito mais embrulhadas do que qualquer um de nós poderia imaginar;
  • que o PSD é um dos principais responsáveis por toda esta trapalhada.
  • as razões que levaram à decisão de repetir os exames de Química e Física e porque foram escolhidas apenas essas duas disciplinas (embora não concorde com a decisão);
  • que os nossos deputados ou são burros ou fingem que o são, visto não terem percebido as explicações;
  • que convém perguntar aos jovens, que estão no 11º e 12º anos se o que a ministra disse é verdade, pois qualquer deles está mais bem informado que os Srs. Deputados; eu perguntei e foi-me respondido afirmativamente;
  • que a actuação teatral de indignação de Paulo Portas estava muito exagerada. Convém controlar os ímpetos pois nenhuma companhia de teatro lhe daria emprego.
  • que aos ministros competem as decisões políticas, as fáceis e as difíceis, as certas e as erradas, e que por isso, pelas decisões políticas, são julgados nas urnas;
  • que, apesar de continuar a pensar que a possibilidade de repetição dos exames apenas a alguns alunos, embora compreenda a situação excepcional dos mesmos, seja uma decisão errada e que abre um precedente perigoso, agradeço o facto de haver uma ministra que decida;
  • que o maior erro político da ministra foi o não ter acompanhado o despacho em que propunha a repetição das provas das explicações que deu, só hoje, na Assembleia;
  • que não consigo descortinar as razões da demora das explicações;
  • que espero que a ministra se aguente e continue.

Declaração de interesses (está na moda!) - tenho um filho que fez exames do 11º ano, mas NÃO fez exame a Química nem a Física. Para além disso tenho uma enorme simpatia e respeito pela Ministra.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:22

Nanotecnologia

por Sofia Loureiro dos Santos, em 20.07.06
Vale a pena ler devagar, com atenção: "O futuro chega mais depressa do que pensamos".

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:50

"Algoritmo Portalegre"

por Sofia Loureiro dos Santos, em 20.07.06

Eis um bom argumento para um filme da moda: números e relações cabalísticas, códigos políticos encriptados, tudo misturado com organizações mais ou menos extremistas, que gostam de passar uma imagem de purismo quase religioso, em que o grande sacerdote dá pelo nome de Francisco Louça.

Mas o mais divertido é o investigador contratado ser Ruben de Carvalho, o velho e irredutível detective, ex-polícia, que ainda acredita nas virtudes da máquina de escrever e, à noite, fuma cigarros de fumo negro com o chapéu enterrado na cabeça.

Crónica brilhante.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:35

Alerta!

por Sofia Loureiro dos Santos, em 19.07.06

Já não se aguentam mais os alertas vermelhos e amarelos (nunca há alertas verdes! Também se fossem verdes não eram alertas…) às ondas de calor, às ondas de frio, às verdadeiras ondas, às tempestades, aos vendavais, às cheias, aos incêndios, aos raios ultravioletas, aos pólenes, à desidratação, à congestão, à água do mar, à água do rio, à velocidade, ao álcool, ao tabaco, ao pé de atleta, ao melanoma, à sífilis, à obesidade, à anorexia, ao sentir-se-bem-consigo-próprio, ao tenho-que-gostar-de-mim-em-primeiro-lugar-senão-não-posso-gostar-dos-outros, à SIDA, ao RESPIRAR!!!!!!!!

Deixem-nos viver em paz!

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 19:47

Pág. 1/6



Mais sobre mim

foto do autor



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.




Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2005
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D

Maria Sofia Magalhães

prosas biblicas 1.jpg

À venda na livraria Ler Devagar



caminho dos ossos.jpg

 

ciclo da pedra.jpg

 À venda na Edita-me e na Wook

 

da sombra que somos.jpg

À venda na Derva Editores e na Wook

 

a luz que se esconde.jpg